Estou já sem unhas de tanto as roer, tal é o nervoso miudinho. Do que é que tenho receio? Não sei bem... de falhar, de não saber lidar com as pessoas, de não me adaptar...
Apesar de ter experiência ao balcão, de ter experiência e ser dedicada no atendimento ao público, são os colegas que sempre me metem mais medo. Fui feita para trabalhar isolada do mundo, encaixotada numa secretária, sem ter que lidar com equipas de trabalho, especialmente em meios pequenos. É tão irónico...
Sou tão fechada ao mundo que tenho pânico de pessoas novas. Não gosto de conversas de circunstâncias, de contar a minha vida a colegas de trabalho... gosto apenas de ser eu, caladita, reservada e sem me sentir na obrigação de ter que estar a fingir coisas que não sou. Toda a gente diz que devemos ser nós próprios, não temos que agradar a toda a gente.... e será que isso se pode aplicar no mundo do trabalho? Se formos profissionais, não precisamos de ser mais nada. Não precisamos de ser uns cínicos, super queridinhos uns para os outros. Só temos que chegar, fazer o nosso trabalho e não misturar mais nada. É assim que eu gosto, a menos que se encontre alguém no local de trabalho que nos inspire confiança e torne o trabalho mais leve e suportável.
O problema é que trabalhando só com mulheres, duvido muito... mas posso estar enganada
Até breve, de um novo local de trabalho :)
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Bem vindos ao Blog de uma Técnica Superior de Turismo. As primeiras histórias relatam o dia-a-dia num Hotel visto na perspectiva de uma Recepcionista. Dificuldades, Histórias, Curiosidades, Horas de Desespero e de Realização. Dou-lhe aqui, as boas vindas ao Mundo da Hotelaria, ao Mundo dos meus novos Projectos de Turismo... ao meu Mundo, em especial :)
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Goodbye, cruel world!
É oficial! Estou divorciada da hotelaria. Estive de férias, é verdade, e algumas coisas mudaram... segundo a minha perspectiva, para melhor... but who knows?
Para não pensarem que sou uma pessoa sem consideração nenhuma pela Hotelaria, esta área que prontamente me acolheu após longos meses no desemprego, partilho com vocês a minha carta de despedida que dirigi a este sector do Turismo:
Querida Hotelaria,
não sei bem como te dizer isto, mas como deves ter reparado as coisas entre nós já não andavam muito bem... no meio de todo o stress emocional que me foste causando, fui esquecendo os tempos em que fomos felizes e fui esquecendo o motivo que me levava a estar contigo, a trabalhar ao teu lado. Foste esgotando as minhas forças, a minha perseverança e sobretudo a minha sanidade mental. Desculpa, mas já não aguento mais... Tenho que te confessar que no tempo que estive de férias, no tempo que estivemos separadas, conheci outros locais de emprego, onde tudo me pareceu tão positivo e motivador. Experimentei um mundo onde não existem turnos da noite, onde não tenho que estar sozinha e a enlouquecer diariamente. Descobri que não tenho que passar o resto dos meus dias a fazer tostas, a aturar malucos que chamam a GNR por eu não expulsar os bêbados do Bar, a servir com a maior das cortesias as pessoas que vão lá para me humilhar... Encontrei um mundo novo, querida Hotelaria, e lamento imenso, mas tenho que continuar os meus sonhos sem ti. E desculpa que te diga, mas o problema aqui não sou eu... és mesmo tu! Sei que há pessoas que gostam de ti e que te acompanharão para sempre, mas eu não sou uma delas. Aprende a manter essas pessoas e vê se melhoras o teu mau feitio, para não afastares outras tantas de ti.
A minha decisão está tomada e quero divorciar-me de ti. Não há mais nada que possas fazer... não neste momento.
Talvez nos voltemos a encontrar, não como tua escrava, mas como tua cliente.
Não me peças mais para voltar. Não me procures, porque eu vou fazer o mesmo. E cada vez que vir um anúncio para Recepcionista de Hotel não me vou dar nem ao trabalho de abrir... vou pensar é na pessoa que se vai desgraçar ao relacionar-se contigo.
Despeço-me aqui, Hotelaria, e espero mesmo não ter que te voltar a ver.
Até um dia,
A eterna Recepcionista.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Para não pensarem que sou uma pessoa sem consideração nenhuma pela Hotelaria, esta área que prontamente me acolheu após longos meses no desemprego, partilho com vocês a minha carta de despedida que dirigi a este sector do Turismo:
Querida Hotelaria,
não sei bem como te dizer isto, mas como deves ter reparado as coisas entre nós já não andavam muito bem... no meio de todo o stress emocional que me foste causando, fui esquecendo os tempos em que fomos felizes e fui esquecendo o motivo que me levava a estar contigo, a trabalhar ao teu lado. Foste esgotando as minhas forças, a minha perseverança e sobretudo a minha sanidade mental. Desculpa, mas já não aguento mais... Tenho que te confessar que no tempo que estive de férias, no tempo que estivemos separadas, conheci outros locais de emprego, onde tudo me pareceu tão positivo e motivador. Experimentei um mundo onde não existem turnos da noite, onde não tenho que estar sozinha e a enlouquecer diariamente. Descobri que não tenho que passar o resto dos meus dias a fazer tostas, a aturar malucos que chamam a GNR por eu não expulsar os bêbados do Bar, a servir com a maior das cortesias as pessoas que vão lá para me humilhar... Encontrei um mundo novo, querida Hotelaria, e lamento imenso, mas tenho que continuar os meus sonhos sem ti. E desculpa que te diga, mas o problema aqui não sou eu... és mesmo tu! Sei que há pessoas que gostam de ti e que te acompanharão para sempre, mas eu não sou uma delas. Aprende a manter essas pessoas e vê se melhoras o teu mau feitio, para não afastares outras tantas de ti.
A minha decisão está tomada e quero divorciar-me de ti. Não há mais nada que possas fazer... não neste momento.
Talvez nos voltemos a encontrar, não como tua escrava, mas como tua cliente.
Não me peças mais para voltar. Não me procures, porque eu vou fazer o mesmo. E cada vez que vir um anúncio para Recepcionista de Hotel não me vou dar nem ao trabalho de abrir... vou pensar é na pessoa que se vai desgraçar ao relacionar-se contigo.
Despeço-me aqui, Hotelaria, e espero mesmo não ter que te voltar a ver.
Até um dia,
A eterna Recepcionista.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Férias, férias, férias...
Estou a meio... mas quem me dera ainda estar no início :)
Estava a precisar mais que muito desta pausa e o grande problema é que sinto que precisava de mais tempo... Para me mentalizar que tenho que voltar à selva e para apaziguar este pavor que tenho daquela Recepção... Não quero nem pensar que tenho de regressar...
Boas férias para mim :)
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Just show me the way... out.
Tenho andado a mastigar palavras para escrever aqui. Estou a passar por uma crise de identidade profissional e ando tentada a vir para aqui desabafar sobre o quão horríveis têm sido os meus dias de trabalho. Tenho evitado vir para aqui gritar que ODEIO SER RECEPCIONISTA e QUERO-ME IR EMBORA DESTE HOTEL.
Hoje vim aqui porque me apetece desabafar... Estou realmente farta disto. Estou pelos cabelos... E estou farta também daqueles senhores que se pensam entendidos, que olham para mim e pensam que eu sou uma burrinha qualquer e me andam sempre a dizer como devo fazer o meu trabalho. Houve uma vez que esse mesmo senhor estava tão bêbado que implicou com a forma como eu usava o meu lenço.
"quero um Whiskey.. mas naqueles copos largos, sabe?" "Não, não sei, pode o senhor ir ao bar e servir-se a si próprio, já que aparentemente eu não tenho competência para o servir?". E além do mais eu sou recepcionista, não Barmaid.
Estou farta que me tratem como uma incompetente, que me façam passar por burrinha e estou farta das injustiças que diariamente vejo e com as quais lido. Estou farta de tudo e maldita a hora que decidi ir para a hotelaria.
Vai na volta, estou só a precisar de férias...
Até breve.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Hoje vim aqui porque me apetece desabafar... Estou realmente farta disto. Estou pelos cabelos... E estou farta também daqueles senhores que se pensam entendidos, que olham para mim e pensam que eu sou uma burrinha qualquer e me andam sempre a dizer como devo fazer o meu trabalho. Houve uma vez que esse mesmo senhor estava tão bêbado que implicou com a forma como eu usava o meu lenço.
"quero um Whiskey.. mas naqueles copos largos, sabe?" "Não, não sei, pode o senhor ir ao bar e servir-se a si próprio, já que aparentemente eu não tenho competência para o servir?". E além do mais eu sou recepcionista, não Barmaid.
Estou farta que me tratem como uma incompetente, que me façam passar por burrinha e estou farta das injustiças que diariamente vejo e com as quais lido. Estou farta de tudo e maldita a hora que decidi ir para a hotelaria.
Vai na volta, estou só a precisar de férias...
Até breve.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
A Revolução Francesa
Bem vindo à actualização de informação sobre a Revolução Francesa.
Vai chegar ao fim deste post com a sensação que afinal enquanto estudava história, tinha razão em não querer saber nada daquilo. É tudo mentira meus senhores.
A Revolução Francesa não se iniciou em 14 de Julho de 1789 com a queda da Bastilha. A culpa não foi dos revolucionários que quiseram tirar Luis XVI do poder e nem sequer existiram os Girondinos e os Jacobinos a travarem guerras de ideiais entre si.
A Revolução Francesa começou exactamente no dia 28 de Agosto de 2013, com a chegada dos primeiros hóspedes ao Hotel que tomaram a Recepção de assalto, atemorizando a única recepcionista que lá existia naquela hora... A Recepcionista atormentada, digitava o mais depressa que podia os nomes e números de bilhetes de identidade no sistema informático.
Arrancaram-na à força da recepção para a torturarem no Bar, de onde nunca mais saiu. Os franceses, mais unidos que nunca, pediam cerveja aos litros, vinho tinto "frrresquinho porr favorr" e vinho do porto infinito. Sem dó nem piedade, consumiam, consumiam, consumiam.... e nunca paravam de chegar tropas francesas que não largavam o bar, nem a campainha da recepção.
O verdadeiro Golpe do Brumário deu-se há poucos dias e felizmente não tiveram que passar 10 anos, nem tivemos que chamar o Napoleão para pôr mão nestas tropas revolucionárias da hotelaria. Mas o certo é que se viveu uma verdadeira fase de terror
The End
(a quem ainda está a estudar História, poderá comparar esta minha história com a realidade apenas com propósitos científicos. Não se confundam e contem a minha versão da Revolução Francesa, para bem das vossas notas :) )
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Vai chegar ao fim deste post com a sensação que afinal enquanto estudava história, tinha razão em não querer saber nada daquilo. É tudo mentira meus senhores.
A Revolução Francesa não se iniciou em 14 de Julho de 1789 com a queda da Bastilha. A culpa não foi dos revolucionários que quiseram tirar Luis XVI do poder e nem sequer existiram os Girondinos e os Jacobinos a travarem guerras de ideiais entre si.
A Revolução Francesa começou exactamente no dia 28 de Agosto de 2013, com a chegada dos primeiros hóspedes ao Hotel que tomaram a Recepção de assalto, atemorizando a única recepcionista que lá existia naquela hora... A Recepcionista atormentada, digitava o mais depressa que podia os nomes e números de bilhetes de identidade no sistema informático.
Arrancaram-na à força da recepção para a torturarem no Bar, de onde nunca mais saiu. Os franceses, mais unidos que nunca, pediam cerveja aos litros, vinho tinto "frrresquinho porr favorr" e vinho do porto infinito. Sem dó nem piedade, consumiam, consumiam, consumiam.... e nunca paravam de chegar tropas francesas que não largavam o bar, nem a campainha da recepção.
O verdadeiro Golpe do Brumário deu-se há poucos dias e felizmente não tiveram que passar 10 anos, nem tivemos que chamar o Napoleão para pôr mão nestas tropas revolucionárias da hotelaria. Mas o certo é que se viveu uma verdadeira fase de terror
The End
(a quem ainda está a estudar História, poderá comparar esta minha história com a realidade apenas com propósitos científicos. Não se confundam e contem a minha versão da Revolução Francesa, para bem das vossas notas :) )
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
domingo, 25 de agosto de 2013
Best of Summer 2013
Tenho tido tanta inspiração para escrever e tão pouco tempo... O verão é repleto de histórias e aventuras, (para hóspedes e recepcionistas). É repleto de calor e trabalho extra (para recepcionistas), de exigências e pedidos (para os hóspedes). É o tempo em que recepcionistas, como eu, apanham um esgotamento porque têm de assegurar um turno sozinhos e mais: têm de enfrentar serviços organizados quase todas as semanas, com falta de pessoal em todos os sectores! Este verão especializei-me em:
- lacinhos para guardanapos;
- desengordurar louça
- bater records de lavar louça enquanto atendo o telefone, faço umas tostas, aqueço sopas e faço check-ins;
- ficar maluca.
O verão (leia-se época alta) ainda parece longe de terminar (no fim de setembro, mais especificamente) e a única coisa que me deixa contente é poder ter histórias para contar.
Fica aqui um best of do meu verão como recepcionista:
- Estar 2 horas sem aparecer ninguém na recepção e quando me levanto para ir jantar, chegar tudo ao mesmo tempo, tocar o telefone e ter serviço de bar.
- Fazer caipirinhas à pressão para um casamento com mais de 200 convidados.
- Servir de psicóloga a cada meia hora.
- O barril da cerveja acabar sempre comigo (o aspecto positivo é que pelo menos a cerveja hidrata o cabelo)
- Fazer milhentos lacinhos para guardanapos em menos de um turno repleto de movimento.
- Ter uma crise de soluços quando chegam precisamente hóspedes a pedirem as mais complexas informações (onde posso comer? e a internet? queria fazer uma pré-reserva de quartos infinitos... o preço é mesmo esse que me está a dar? Não há descontos?)
- Estar no bar ocupada com as tostas e o telefone tocar.... Vou atender e é um das dezenas de bebés que se instalaram aqui há tempos no hotel. Julguei que era a convenção nacional dos bebés. Pior do que atender uma chamada, é o telefone estar sempre a tocar porque o bebé-achou-engraçado-ter-alguém-do-outro-lado-da-linha-e-a-mãezinha-dele-também-achou-engraçado-porque-pelo-menos-o-bebé-está-entretido-e-não-tem-que-o-aturar.
- E a propósito da convenção nacional dos bebés.... Um dia quando for mãe vou ter pena da pobre da recepcionista e não vou pedir que aqueça sopas, leites, águas, biberões, papinhas e etc, etc...!!!! Socorro! Foi só o que eu pensei nesse dia. Foram dezenas de bebés nesse dia!
- Pedir ao piloto russo que se dirigiu ao bar que aguarde enquanto eu recebo o taxista que foi solicitado para um hóspede. O taxista e o hóspede seguem caminho e eu volto para a recepção tranquilamente, quando olho para o bar e vejo o russo à minha espera. Levei literalmente as mãos à cabeça e o russo desmanchou-se a rir. Pedi-lhe imensas desculpas, mas como eu estava a rir-me descontroladamente, acho que não fui muito convincente. Acabámos por nos rir os dois... vá lá (é que vou dispensar as reclamações das melhores histórias deste verão).
- Aturar uma rapariga o turno inteiro, que falava muito depressa, muito alto e sobre vários assuntos ao mesmo tempo!! Pior... ela ficou 3 semanas e andava sempre atrás de mim! A minha cabeça ficava saturada ao fim do dia. Ela esgotava o meu nível de "sociabilidade pós-turno" num instante!
- Não vou nem falar da quantidade de garotos, adultos e outras espécies que estão sempre a tocar à tal campainha engraçada enquanto eu estou a fazer o check-in.
... I'll be back!
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
- lacinhos para guardanapos;
- desengordurar louça
- bater records de lavar louça enquanto atendo o telefone, faço umas tostas, aqueço sopas e faço check-ins;
- ficar maluca.
O verão (leia-se época alta) ainda parece longe de terminar (no fim de setembro, mais especificamente) e a única coisa que me deixa contente é poder ter histórias para contar.
Fica aqui um best of do meu verão como recepcionista:
- Estar 2 horas sem aparecer ninguém na recepção e quando me levanto para ir jantar, chegar tudo ao mesmo tempo, tocar o telefone e ter serviço de bar.
- Fazer caipirinhas à pressão para um casamento com mais de 200 convidados.
- Servir de psicóloga a cada meia hora.
- O barril da cerveja acabar sempre comigo (o aspecto positivo é que pelo menos a cerveja hidrata o cabelo)
- Fazer milhentos lacinhos para guardanapos em menos de um turno repleto de movimento.
- Ter uma crise de soluços quando chegam precisamente hóspedes a pedirem as mais complexas informações (onde posso comer? e a internet? queria fazer uma pré-reserva de quartos infinitos... o preço é mesmo esse que me está a dar? Não há descontos?)
- Estar no bar ocupada com as tostas e o telefone tocar.... Vou atender e é um das dezenas de bebés que se instalaram aqui há tempos no hotel. Julguei que era a convenção nacional dos bebés. Pior do que atender uma chamada, é o telefone estar sempre a tocar porque o bebé-achou-engraçado-ter-alguém-do-outro-lado-da-linha-e-a-mãezinha-dele-também-achou-engraçado-porque-pelo-menos-o-bebé-está-entretido-e-não-tem-que-o-aturar.
- E a propósito da convenção nacional dos bebés.... Um dia quando for mãe vou ter pena da pobre da recepcionista e não vou pedir que aqueça sopas, leites, águas, biberões, papinhas e etc, etc...!!!! Socorro! Foi só o que eu pensei nesse dia. Foram dezenas de bebés nesse dia!
- Pedir ao piloto russo que se dirigiu ao bar que aguarde enquanto eu recebo o taxista que foi solicitado para um hóspede. O taxista e o hóspede seguem caminho e eu volto para a recepção tranquilamente, quando olho para o bar e vejo o russo à minha espera. Levei literalmente as mãos à cabeça e o russo desmanchou-se a rir. Pedi-lhe imensas desculpas, mas como eu estava a rir-me descontroladamente, acho que não fui muito convincente. Acabámos por nos rir os dois... vá lá (é que vou dispensar as reclamações das melhores histórias deste verão).
- Aturar uma rapariga o turno inteiro, que falava muito depressa, muito alto e sobre vários assuntos ao mesmo tempo!! Pior... ela ficou 3 semanas e andava sempre atrás de mim! A minha cabeça ficava saturada ao fim do dia. Ela esgotava o meu nível de "sociabilidade pós-turno" num instante!
- Não vou nem falar da quantidade de garotos, adultos e outras espécies que estão sempre a tocar à tal campainha engraçada enquanto eu estou a fazer o check-in.
... I'll be back!
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
domingo, 14 de julho de 2013
Prova do mal que nos desejam...
Nem a propósito... hoje depois da minha sesta de preparação para o turno da noite (que, by the way, está a decorrer... mas não digam a ninguém) liguei a TV e estava a dar um programa sobre escândalos de celebridades. Então, no seguimento do meu post de ontem, pareceu-me interessante vir fazer queixinhas do Russell Crowe. Fiquei chocada com o que descobri! Secalhar sou a única pessoa neste mundo que não ainda não sabia disto!
Então, em jeito de indignação e protesto e talvez também para mostrar às pessoas o que é ser Recepcionista e elucidar os aspirantes a recepcionistas ao que estão sujeitos, deixo aqui este testemunho bastante ilustrativo... o Russell Crowe hospedou-se uma vez num Hotel e como o telefone do seu singelo quartinho não estava a funcionar, arranca-o da parede... "e vai daí", desce à recepção e atira-o à cara do recepcionista.
Já perceberam que nós, recepcionistas, somos tudo e temos culpa de tudo. Só não sabia ainda que as pessoas não tinha noção que também somos de carne e osso e que afinal também servimos de alvo de arremesso de objectos. Onde é que isto vai parar!
Felizmente nunca me aconteceu uma destas... mas por precaução, vou já amanhã meter um requerimento à Direcção para que as novas fardas incluam protecções, como aquelas que os jogadores de futebol americano utilizam.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Então, em jeito de indignação e protesto e talvez também para mostrar às pessoas o que é ser Recepcionista e elucidar os aspirantes a recepcionistas ao que estão sujeitos, deixo aqui este testemunho bastante ilustrativo... o Russell Crowe hospedou-se uma vez num Hotel e como o telefone do seu singelo quartinho não estava a funcionar, arranca-o da parede... "e vai daí", desce à recepção e atira-o à cara do recepcionista.
Já perceberam que nós, recepcionistas, somos tudo e temos culpa de tudo. Só não sabia ainda que as pessoas não tinha noção que também somos de carne e osso e que afinal também servimos de alvo de arremesso de objectos. Onde é que isto vai parar!
Felizmente nunca me aconteceu uma destas... mas por precaução, vou já amanhã meter um requerimento à Direcção para que as novas fardas incluam protecções, como aquelas que os jogadores de futebol americano utilizam.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Ser Recepcionista: o Lado Lunar
Têm-me chegado mensagens a questionar quais as maiores dificuldades de uma Recepcionista. Tenho evitado este post porque é chato... ninguém quer ouvir uma Recepcionista a reclamar do seu trabalho de subserviente e das suas tentativas falhadas de omnipresença no Bar, na Recepção e no Serviço de quartos.
Mas, como para mim, tudo é tema de conversa vou aqui deixar uma listinha interessante aos aspirantes a Recepcionistas. Estas são, no meu ponto de vista, as dificuldades maiores que eu vou encontrando no meu dia-a-dia:
- Ler pensamentos de hóspedes (há pessoas que insistem a chegar ao balcão e a olharem para nós, sem abrirem a boca, como se nós tivéssemos que saber quem é aquela personagem pasmada ali à nossa frente);
- Estar em vários sítios ao mesmo tempo (ainda não consegui desenvolver esta característica, que hoje em dia parece-se mais com um requisito da profissão);
- Lidar com assédios (é a verdade nua e crua. Isto acontece com alguma frequência e há que ter braço de ferro ou respostas para tudo na ponta da língua, para que não abusem. Pessoas sem cérebro consideram que as recepcionistas são algum alento de vista e interpretam mal a simpatia que lhes é dirigida; insistem em querer números de telefone, conversas parvas e consolo de solidões. Excelentíssimos Senhores, o máximo que podemos fazer é recomendar-vos um Bordel. Mais respeito se faz favor!).
- Lidar com má educação (há pessoas que nos vêm como bichos e que passam aqui sem abrir a boca. Eu costumo dizer que não se deve tratar mal quem nos serve. Especialmente no que toca a comidas e alojamento...).
- Esquecer Fins de Semana, Festividades, Aniversários, Datas Especiais, Momentos em Família (a hotelaria torna-nos pessoas frias, muitos frias e anti-sociais. Tão anti-sociais que eu nas folgas dispenso a companhia de estranhos e tento não pensar no que perdi, especialmente porque o meu horário se resume a um turno apenas - leia-se aquele que ninguém quer exactamente porque não permite vida social nenhuma - das 16h às 00h)
- Conciliar horários com a "minha metade" (não posso esconder esta realidade que me atormenta todos os dias. É exactamente por causa do meu maravilhoso horário que, mesmo tão perto, estou sempre longe e só posso fazer matar saudades nas folgas. Há quem considere isto secundário, mas eu não, a felicidade está nas pessoas que me rodeiam. O trabalho é acessório).
- "Guerrinhas" (não posso dizer que isto acontece aqui. Mas sei de locais em que existe muita competição entre colegas de recepção. Fazem tudo e descem muito baixo para prejudicar o outro. Sou uma pessoa de paz e não sei onde é que essas pessoas pretendem chegar assim. Todos no mundo temos um lugar e ninguém tira o lugar de ninguém. Pelo menos acredito nisso. E é por isso também, que um dia quando deixar de trabalhar neste Hotel, não vou para mais nenhum).
- Aturar "putos" (refiro-me aqueles de 18, 19 e 20 anos que vêm para aqui armados em adultos. Normalmente as raparigas têm o rei na barriga e olham para mim com desprezo ou com medo que eu lhes roube o namorado. Oh menina, vá mazé para casa. Eu na sua idade não tinha nem autorização para sair à noite. Está ai armada aos cucos só porque vem para um hotel... Grande coisa. Eu venho para cá todos os dias e não digo isso muito alto a ninguém. E pelo menos trago a boa educação comigo.
Assim de repente, é isto que me ocorre. O curioso é que todos os dias surje uma dificuldade nova com a qual tenho de lidar. E nem sempre sei como se lida com isso. Ninguém acredita como é stressante ser Recepcionista de Hotel e a prova disso é que aqui há tempos tive que ir ao médico devido a problemas de ansiedade e ele quase se riu na minha cara quando eu lhe disse que era Recepcionista de Hotel.
Estou tão vacinada contra coisas parvas, que a minha reacção é sempre sorrir, para o bem e para o mal.
Se isto fosse a melhor profissão do mundo eu não andava "à rasquinha" para mudar.
P.S.: Sonhadores e aspirantes a recepcionistas, fujam enquanto é tempo!!! :)
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Mas, como para mim, tudo é tema de conversa vou aqui deixar uma listinha interessante aos aspirantes a Recepcionistas. Estas são, no meu ponto de vista, as dificuldades maiores que eu vou encontrando no meu dia-a-dia:
- Ler pensamentos de hóspedes (há pessoas que insistem a chegar ao balcão e a olharem para nós, sem abrirem a boca, como se nós tivéssemos que saber quem é aquela personagem pasmada ali à nossa frente);
- Estar em vários sítios ao mesmo tempo (ainda não consegui desenvolver esta característica, que hoje em dia parece-se mais com um requisito da profissão);
- Lidar com assédios (é a verdade nua e crua. Isto acontece com alguma frequência e há que ter braço de ferro ou respostas para tudo na ponta da língua, para que não abusem. Pessoas sem cérebro consideram que as recepcionistas são algum alento de vista e interpretam mal a simpatia que lhes é dirigida; insistem em querer números de telefone, conversas parvas e consolo de solidões. Excelentíssimos Senhores, o máximo que podemos fazer é recomendar-vos um Bordel. Mais respeito se faz favor!).
- Lidar com má educação (há pessoas que nos vêm como bichos e que passam aqui sem abrir a boca. Eu costumo dizer que não se deve tratar mal quem nos serve. Especialmente no que toca a comidas e alojamento...).
- Esquecer Fins de Semana, Festividades, Aniversários, Datas Especiais, Momentos em Família (a hotelaria torna-nos pessoas frias, muitos frias e anti-sociais. Tão anti-sociais que eu nas folgas dispenso a companhia de estranhos e tento não pensar no que perdi, especialmente porque o meu horário se resume a um turno apenas - leia-se aquele que ninguém quer exactamente porque não permite vida social nenhuma - das 16h às 00h)
- Conciliar horários com a "minha metade" (não posso esconder esta realidade que me atormenta todos os dias. É exactamente por causa do meu maravilhoso horário que, mesmo tão perto, estou sempre longe e só posso fazer matar saudades nas folgas. Há quem considere isto secundário, mas eu não, a felicidade está nas pessoas que me rodeiam. O trabalho é acessório).
- "Guerrinhas" (não posso dizer que isto acontece aqui. Mas sei de locais em que existe muita competição entre colegas de recepção. Fazem tudo e descem muito baixo para prejudicar o outro. Sou uma pessoa de paz e não sei onde é que essas pessoas pretendem chegar assim. Todos no mundo temos um lugar e ninguém tira o lugar de ninguém. Pelo menos acredito nisso. E é por isso também, que um dia quando deixar de trabalhar neste Hotel, não vou para mais nenhum).
- Aturar "putos" (refiro-me aqueles de 18, 19 e 20 anos que vêm para aqui armados em adultos. Normalmente as raparigas têm o rei na barriga e olham para mim com desprezo ou com medo que eu lhes roube o namorado. Oh menina, vá mazé para casa. Eu na sua idade não tinha nem autorização para sair à noite. Está ai armada aos cucos só porque vem para um hotel... Grande coisa. Eu venho para cá todos os dias e não digo isso muito alto a ninguém. E pelo menos trago a boa educação comigo.
Assim de repente, é isto que me ocorre. O curioso é que todos os dias surje uma dificuldade nova com a qual tenho de lidar. E nem sempre sei como se lida com isso. Ninguém acredita como é stressante ser Recepcionista de Hotel e a prova disso é que aqui há tempos tive que ir ao médico devido a problemas de ansiedade e ele quase se riu na minha cara quando eu lhe disse que era Recepcionista de Hotel.
Estou tão vacinada contra coisas parvas, que a minha reacção é sempre sorrir, para o bem e para o mal.
Se isto fosse a melhor profissão do mundo eu não andava "à rasquinha" para mudar.
P.S.: Sonhadores e aspirantes a recepcionistas, fujam enquanto é tempo!!! :)
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
domingo, 23 de junho de 2013
#Awkward. (Parte I)
No mundo da hotelaria há de tudo um pouco... e há também espaço para aquelas cenas constrangedoras, que muitas vezes me fazem corar até à raiz dos cabelos.
Há uma que me deixa corada só de lembrar, dado ser uma rapariga "conservadora" nessas coisas...
Então o que se passou foi o seguinte:
O telefone da recepção toca e eu prontamente atendo. Um simpático e jovem hóspede a queixar-se da sintonização da televisão. Prontamente me dispus a deslocar-me ao quarto (não tinha outro remédio, na verdade). Bato à porta e vem-me aquela alminha nua, da cintura para cima, e quase da cintura para baixo. Não sei porquê, mas não tirei mais da cabeça aqueles boxers azuis às risquinhas e enquanto entrava no quarto, juro que nunca mais consegui encarar a cara do rapaz. A minha maior tortura foi ter que estar a sintonizar os canais e eles não apareciam. Até que o jovem acabou com o meu sofrimento e disse que ele próprio podia sintonizar. Deixei o quarto num ápice e rezei aos santinhos todos para não voltar a este quarto tão depressa. Não há nada mais estranho do que estar a falar com um completo desconhecido, que está quase nu!! Estava claramente escrito na minha cara o pouco à vontade com que eu estava. É que é daquelas coisas que não dá para disfarçar. E o jovem, super descontraído, com um arzinho maroto na cara...
Voltei para a recepção completamente desorientada e a rir-me da situação. O telefone toca de novo, mas felizmente estava o meu recepcionista preferido da noite já presente e a quem eu incumbi a árdua tarefa de voltar ao quarto do rapaz.
Reza a lenda do meu colega, que quando ele bateu na porta o tal jovem o mandou entrar. É que ao que parece o descontraído hóspede, estava deitado na cama meio tapado pelo lençol. Não se bem à espera do quê ou de quem. Disse-me também o meu colega, que desta vez quem ficou atrapalhado foi o hóspede.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Há uma que me deixa corada só de lembrar, dado ser uma rapariga "conservadora" nessas coisas...
Então o que se passou foi o seguinte:
O telefone da recepção toca e eu prontamente atendo. Um simpático e jovem hóspede a queixar-se da sintonização da televisão. Prontamente me dispus a deslocar-me ao quarto (não tinha outro remédio, na verdade). Bato à porta e vem-me aquela alminha nua, da cintura para cima, e quase da cintura para baixo. Não sei porquê, mas não tirei mais da cabeça aqueles boxers azuis às risquinhas e enquanto entrava no quarto, juro que nunca mais consegui encarar a cara do rapaz. A minha maior tortura foi ter que estar a sintonizar os canais e eles não apareciam. Até que o jovem acabou com o meu sofrimento e disse que ele próprio podia sintonizar. Deixei o quarto num ápice e rezei aos santinhos todos para não voltar a este quarto tão depressa. Não há nada mais estranho do que estar a falar com um completo desconhecido, que está quase nu!! Estava claramente escrito na minha cara o pouco à vontade com que eu estava. É que é daquelas coisas que não dá para disfarçar. E o jovem, super descontraído, com um arzinho maroto na cara...
Voltei para a recepção completamente desorientada e a rir-me da situação. O telefone toca de novo, mas felizmente estava o meu recepcionista preferido da noite já presente e a quem eu incumbi a árdua tarefa de voltar ao quarto do rapaz.
Reza a lenda do meu colega, que quando ele bateu na porta o tal jovem o mandou entrar. É que ao que parece o descontraído hóspede, estava deitado na cama meio tapado pelo lençol. Não se bem à espera do quê ou de quem. Disse-me também o meu colega, que desta vez quem ficou atrapalhado foi o hóspede.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Relatório de Estágio
Finalmente tive férias como as pessoas normais. Agora, não sei se é o karma ou se é o S. Pedro que se anda a vingar de mim, pelo meu afastamento religioso. Então não é que passei 2 semanas sem ver a ponta de um raio de sol? Enfim, nem tudo é mau. Sou uma pessoa que se contenta com pouco e não ter que me deitar todos os dias às 2h da manhã já é um consolo para mim.
Chegou também a altura em que os estagiários começam a invadir as recepções de hotéis... coitados... andam tão enganadinhos... Oh meninos, fujam enquanto é tempo!!!
Falando em estagiários... São capazes de nos proporcionar momentos hilariantes como este:
1º check-in da estagiária. Os nervos e a pressão atrapalham qualquer novato, o que não é nada favorável ao desempenho deles... Só de me lembrar desmancho-me a rir, não que esteja a fazer pouco, mas é animador ter alguns momentos de humor na recepção.
Hóspede: Boa noite, tenho uma reserva em nome de ...
Eu: Boa noite. Com certeza... um minuto por favor... (depois de avaliar o tipo de hóspede, vejo que é passível de ser atendido pela estagiária e pergunto-lhe: queres fazer o check-in? E ela prontamente me responde com um sim)
Estagiária: Boa noite. Poderia dar-me um documento de identificação por favor?
Hóspede: Aqui tem.
A estagiária recebe o BI e começo a vê-la um bocado confusa e a tentar descodificar as informações que tem à sua frente. Quando me chego à frente para a ajudar, ela adianta-se a mim e pergunta ao hóspede:
Estagiária: Peço desculpa... como é que o Sr. se chama...?!
Eu observo sem me intrometer e o Hóspede simpaticamente responde à pergunta. Comecei a pensar com os meus botões o porquê daquela questão... Deixo prosseguir o check-in, o hóspede vai para o quarto e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, diz-me a estagiária:
- Não conseguia perceber a letra dele!!
Eu: A letra? Que letra?
Estagiária: Da assinatura...
Eu: Mas olha que o nome do hóspede está impresso no verso do BI...
... True story!
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Chegou também a altura em que os estagiários começam a invadir as recepções de hotéis... coitados... andam tão enganadinhos... Oh meninos, fujam enquanto é tempo!!!
Falando em estagiários... São capazes de nos proporcionar momentos hilariantes como este:
1º check-in da estagiária. Os nervos e a pressão atrapalham qualquer novato, o que não é nada favorável ao desempenho deles... Só de me lembrar desmancho-me a rir, não que esteja a fazer pouco, mas é animador ter alguns momentos de humor na recepção.
Hóspede: Boa noite, tenho uma reserva em nome de ...
Eu: Boa noite. Com certeza... um minuto por favor... (depois de avaliar o tipo de hóspede, vejo que é passível de ser atendido pela estagiária e pergunto-lhe: queres fazer o check-in? E ela prontamente me responde com um sim)
Estagiária: Boa noite. Poderia dar-me um documento de identificação por favor?
Hóspede: Aqui tem.
A estagiária recebe o BI e começo a vê-la um bocado confusa e a tentar descodificar as informações que tem à sua frente. Quando me chego à frente para a ajudar, ela adianta-se a mim e pergunta ao hóspede:
Estagiária: Peço desculpa... como é que o Sr. se chama...?!
Eu observo sem me intrometer e o Hóspede simpaticamente responde à pergunta. Comecei a pensar com os meus botões o porquê daquela questão... Deixo prosseguir o check-in, o hóspede vai para o quarto e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, diz-me a estagiária:
- Não conseguia perceber a letra dele!!
Eu: A letra? Que letra?
Estagiária: Da assinatura...
Eu: Mas olha que o nome do hóspede está impresso no verso do BI...
... True story!
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
sexta-feira, 8 de março de 2013
Contos de Fadas!
Era uma vez 3 jovens armados em "gingões" e era uma vez uma recepcionista que não os podia ver nem pintados a ouro.
Eles eram convencidos e com a mania que tinham charme e ela fazia tudo para os evitar. Eles exigiam que as bebidas fossem servidas no salão de jogos e ela impunha o respeito e obrigava-os a levarem eles, as próprias bebidas (de acordo com as ordens superiores).
Uma noite estavam os 3 "gingões" no salão de jogos e a pobre da recepcionista, depois de um dia de cão, por entre reclamações, telefone, tostas e muito trabalho, ficou depois do horário do seu expediente para preparar uma sala para formação no dia seguinte. Andar para cima e para baixo na escadaria a carregar águas, copos e pratinhos era a gota de água do seu dia extenuante. Até que numa das viagens para a Sala se depara com falta de copos e garrafas de água. "Animais", pensou ela. "Foram eles!" A espumar pela boca, a recepcionista chega à sala de jogos para os confrontar "Nós?" - responderam eles - "Acha que temos cara de quem gosta de água?" "Não - pensa ela - têm cara de parvos". A recepcionista abandona o local com os nervos em franja, mais por terem feito dela parva. "Não esperam pela demora", diz a Recepcionista para os seus botões. "Vocês vêm cá pelo menos 1 vez por mês..."
Era uma vez 3 jovens "gingões" que na vez que voltaram ao Hotel levaram com uma conta extra de bar que incluia garrafas de água.... (e não reclamaram...)
Não se metam com os Recepcionistas.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Eles eram convencidos e com a mania que tinham charme e ela fazia tudo para os evitar. Eles exigiam que as bebidas fossem servidas no salão de jogos e ela impunha o respeito e obrigava-os a levarem eles, as próprias bebidas (de acordo com as ordens superiores).
Uma noite estavam os 3 "gingões" no salão de jogos e a pobre da recepcionista, depois de um dia de cão, por entre reclamações, telefone, tostas e muito trabalho, ficou depois do horário do seu expediente para preparar uma sala para formação no dia seguinte. Andar para cima e para baixo na escadaria a carregar águas, copos e pratinhos era a gota de água do seu dia extenuante. Até que numa das viagens para a Sala se depara com falta de copos e garrafas de água. "Animais", pensou ela. "Foram eles!" A espumar pela boca, a recepcionista chega à sala de jogos para os confrontar "Nós?" - responderam eles - "Acha que temos cara de quem gosta de água?" "Não - pensa ela - têm cara de parvos". A recepcionista abandona o local com os nervos em franja, mais por terem feito dela parva. "Não esperam pela demora", diz a Recepcionista para os seus botões. "Vocês vêm cá pelo menos 1 vez por mês..."
Era uma vez 3 jovens "gingões" que na vez que voltaram ao Hotel levaram com uma conta extra de bar que incluia garrafas de água.... (e não reclamaram...)
Não se metam com os Recepcionistas.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
quinta-feira, 7 de março de 2013
Há coisas assim...
Dois mexicanos amigos, cada um em seu quarto... O problema é serem muito parecidos... Nem consegui decorar sequer em que quarto é que estava cada um... Só pode dar barraca com certeza.
Chega-me o Mexicano 1 à Recepção e pede uma sandes de presunto e uma água com gás. Pergunta se eu posso levar o petisco ao quarto... "Sí, sin problema" respondo eu no meu melhor sotaque a roçar o mexicano e o espanhol.
Toca o telefone, chegam outras pessoas para o Bar, pessoas para fazer o check-in, enquanto eu tento arranjar a merenda do senhor. Apronto o tabuleiro todo bonitinho e encaminho-me para o quarto. Pelo caminho explico à minha estagiária como segurar bem num tabuleiro sem correr o risco de o deixar cair.
"Knock, Knock". O Mexicano abre-me a porta... E só percebi pela cara que ele fez que me tinha enganado no mexicano....
E eu a pensar que só os chineses e os japoneses é que tinham as caras iguais....
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Chega-me o Mexicano 1 à Recepção e pede uma sandes de presunto e uma água com gás. Pergunta se eu posso levar o petisco ao quarto... "Sí, sin problema" respondo eu no meu melhor sotaque a roçar o mexicano e o espanhol.
Toca o telefone, chegam outras pessoas para o Bar, pessoas para fazer o check-in, enquanto eu tento arranjar a merenda do senhor. Apronto o tabuleiro todo bonitinho e encaminho-me para o quarto. Pelo caminho explico à minha estagiária como segurar bem num tabuleiro sem correr o risco de o deixar cair.
"Knock, Knock". O Mexicano abre-me a porta... E só percebi pela cara que ele fez que me tinha enganado no mexicano....
E eu a pensar que só os chineses e os japoneses é que tinham as caras iguais....
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A ocasião faz o Ladrão...
Não digam a ninguém, mas uma vez deixei roubar a campainha da Recepção.
Não é que eu não gostasse dela...
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Não é que eu não gostasse dela...
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
O Fim do Mundo nos Hotéis
O Blog entrou num pausa inesperada... não por falta de momentos interessantes, mas por razões de inspiração. No entanto, no meio de tanta trapalhada que vai neste Pais plantado à beira-mar, considerei voltar para os meus Fãs :D
Posso adiantar que o Ano Novo não começou da melhor maneira... Clientes a sairem sem pagar, reclamações e devoluções... Espero que não seja nenhum agoiro ou bruxaria e que o ano que continua a correr não seja o espelho do seu início.
Para já, deixo um pequeno diálogo, proveniente de uma chamada telefónica de serviço de quartos:
Eu: Recepção, boa noite.
Hóspede: Boa noite... olhe... o que é que têm que se possa comer?
Eu: (olho para o relógio: 22h30... penso: acabei de lavar o tacho da sopa, nem penses sugerir que há sopa): temos tostas, torradas, bolo caseiro...
Hóspede: Só sandes e assim... hummmm... Olhe queria uma Torrada e para beber...
Eu: Temos néctares, ice tea, chá...
Hóspede: Pode ser um néctar...
Eu: Tem alguma preferência?
Hóspede: O que é que tem?
Eu: Pêssego, pêra, Laranja, Manga...
Hóspede: E alperce?
Eu: Alperce não temos... lamento
Hóspede: Então pode ser um de alperce por favor.
True Story.
Final da história: acabei por lhe levar um de Laranja e disse ao senhor que já não tínhamos de alperce. ele não se importou.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Posso adiantar que o Ano Novo não começou da melhor maneira... Clientes a sairem sem pagar, reclamações e devoluções... Espero que não seja nenhum agoiro ou bruxaria e que o ano que continua a correr não seja o espelho do seu início.
Para já, deixo um pequeno diálogo, proveniente de uma chamada telefónica de serviço de quartos:
Eu: Recepção, boa noite.
Hóspede: Boa noite... olhe... o que é que têm que se possa comer?
Eu: (olho para o relógio: 22h30... penso: acabei de lavar o tacho da sopa, nem penses sugerir que há sopa): temos tostas, torradas, bolo caseiro...
Hóspede: Só sandes e assim... hummmm... Olhe queria uma Torrada e para beber...
Eu: Temos néctares, ice tea, chá...
Hóspede: Pode ser um néctar...
Eu: Tem alguma preferência?
Hóspede: O que é que tem?
Eu: Pêssego, pêra, Laranja, Manga...
Hóspede: E alperce?
Eu: Alperce não temos... lamento
Hóspede: Então pode ser um de alperce por favor.
True Story.
Final da história: acabei por lhe levar um de Laranja e disse ao senhor que já não tínhamos de alperce. ele não se importou.
(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
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