terça-feira, 30 de setembro de 2014

Alternativas, procuram-se.

Sou uma moçoila de gostos ligeiros, sem muitas peneiras. No entanto, tenho um bocadinho de um lado feminino que basicamente implora por vernizes, rímel e lápis de olhos. Saio à rua com uma maquilhagem o mais natural possível, de maneira a disfarçar os 18 anos que sempre me dão (onde já vão...).
Recentemente este lado feminino descobriu uma paixão por batons que não sejam para o cieiro, no entanto ainda não me tinha arriscado à experimentação deste artigo que dizem (os blogs de moda) ser essencial.
Sou uma naba no que toca às cores que eventualmente poderia usar, sem parecer um sinal luminoso e parar o trânsito mal saísse porta fora. Lembrei-me então de me dirigir a uma loja que costuma alimentar o meu "vício" por vernizes (tem quatro letras: começa por K e acaba em O). Enchi-me de coragem e perguntei à moça o que me recomendava. A conclusão disto tudo é que ela ainda percebia menos daquilo do que eu. Não, eu não vou usar um batom roxo choque, nem um acastanhado com brilhantes. Mais triste ainda é que fiquei com aquela sensação que a senhora não percebeu nada do que eu queria, não entendeu o meu estilo pessoal e pior do que isso, não usou o bom senso para avaliar o tipo de maquilhagem que eu estava a usar naquela hora (rimel e... mais nada). Onde é que está a compreensão por tons neutros? Onde é que está "vestir a pele do cleinte"? Entender as suas necessidades? E ainda me pergunta, a mim, que lhe fui pedir conselhos, se preferia mesmo os tons pastéis, acrescentando: "mas olhe que não se vai notar nada"; mas ó senhora, eu disse-lhe por acaso que queria dar nas vistas? Disse-lhe por acaso que queria experimentar a última moda de batons que dão volume e não saem nem lavando com detergente? Não. Eu só lhe pedi, humildemente, que me recomendasse o tom mais claro e natural possível que combinasse comigo e com a minha pele.
Ponho-me a pensar que talvez seja eu que não percebo nada daquilo e que no fundo deveria usar um batom roxo com purpurina...
Estas modas...

(P.S. - Só em jeito de bisbilhotice, já é a segunda vez que sou mal atendida naquela loja sempre que preciso de alguma informação. À terceira, só cai quem quer... Não vou arriscar mais, portanto. Aceito alternativas a esta loja italiana).



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

2 Anos!

Faz hoje 2 anos que o Blog nasceu! :) ... Nasceu de uma ideia numa escada rolante, num centro comercial, enquanto conversava com o meu M. Nasceu antes de um turno da noite. Nasceu da vontade de mostrar ao mundo que há coisas que nem contadas as pessoas acreditam no que se passa atrás de um balcão de uma recepção. Nem acredito que passaram dois anos...
Ainda hoje dei por mim a recordar aquela época fatídica em que tínhamos o jantar daquele grupo de empresários duas quartas-feiras por mês. Numa das vezes (uma das últimas e na altura em que eu já estava mesmo a querer pôr-me a andar), estava na Recepção, a servir as pessoas no jantar, a recolher a louça, a atender o telefone, a servir no bar, a levantar as mesas do jantar... até que com a pressa, escorrego no chão gordurento da cozinha e caio em cheio com o meu "bum-bum"... Quando me vi naquela posição de tartaruga, pensei para mim: chegaste ao fundo.

Parabéns ao Blog e a vocês, que me acompanham há 2 anos :) Obrigada.

fonte da imgem: favim.com


(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Definição de Serviço Externo

 Uma das novidades do meu emprego de Não-Recepcionista é o Serviço Externo frequente. Quando estava no Hotel, tive um ou outro serviço super externo, na medida em que tinha de sair do país...
Neste emprego, serviço externo, para além dos eventos fora da nossa cidade, significa sempre alguma Reunião. No entanto, a minha colega orienta-nos sempre, e muito bem, para uma Reunião que aparentemente demora entre 2h a 3h. E é por isso mesmo que adoro o Serviço Externo... Vou passar a enumerar as razões:
1- Se temos de fazer compras de necessidade para os eventos, aproveitamos sempre e fazemos as nossas compras para casa (conferir texto a negrito).
2- Quer tenhamos de sair de manhã, quer tenhamos de sair à tarde, há sempre tempo para um "lanchinho". Não sei se já experimentaram os Muffins de Frutos Silvestres da pastelaria do Continente... eu fiquei fã.
3- Quando calha, temos sempre oportunidade de espreitar as montras do comércio local.
4- Sempre espairecemos do ambiente fechado de tortura da empresa.
5- Consigo andar na rua com aquele ar sofisticado de pasta na mão e a carteira na outra, a parecer uma verdadeira businnes woman.
6- Apanhamos com aquele solinho maravilhoso das tardes de primavera/verão/outono.
7- O tempo até à hora de saída passa mais depressa.
8- E basicamente é isto.
Nos entretantos, também acontecem coisas engraçadas pelo meio:
Numa tarde de Maio, depois de uma breve limpeza de uma arrecadação, decidimos que era necessário adquirir daquelas caixas de plástico de arrumação, para conseguirmos levar algum material para um evento que íamos ter em Junho.
Então, à tarde, pegamos no carro de serviço e dirigimo-nos a um espaço comercial, que para além de ter artigos de organização, tinha também objectos irresistíveis para a casa (foi onde eu comprei o meu mini puff-sofá que tem uma tampinha e onde eu posso arrumar o que anda à solta pelo quarto...combina tão bem com a decoração que era pecado não o trazer.). Comprámos o que necessitámos para a casa, guardámos tudo no carro e fomos espreitar outra loja que também tinha as tais caixas, apenas para comparar preços. Como a última loja não satisfazia as nossas necessidades, voltámos à primeira e lá comprámos as caixas de arrumação. Solicitámos à menina da loja que nos guardasse as caixas por uns minutos, pois pretendíamos ir lanchar na pastelaria ao lado e não nos apetecia nada levar 3 objectos gigantes que mais pareciam mini monovolumes de transporte... Entrámos, conversámos e degustámos o nosso lanche. Abandonámos a pastelaria e dirigimo-nos ao carro, muito animadas a conversar. 
Chegámos à empresa para descarregar as caixas e demos conta que foram totalmente negligenciadas à custa do nosso lanche... Voltámos à loja, que by the way, dista quase 10 km do sítio onde trabalhamos e recuperámos as caixas que estavam religiosamente guardadas.
A parte boa é que quando voltámos pela segunda vez à empresa, já estava na hora de irmos embora...



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Sometimes you win, sometimes you learn"

Às vezes não sei se é defeito meu, se exijo demasiado do mundo, se tenho expectativas tão grandes que acabo por me "auto-defraudar". Estou numa fase em que me sinto completamente à deriva. Eu sei que o Blog é para vos entreter um pouco, para contar coisas engraçadas... mas hoje sinto mesmo que bati no fundo. Estou a precisar simplesmente de escrever. De desabafar. Estou a precisar de exteriorizar tudo, sem pensar que alguém que me esteja a ouvir está a pensar que eu sou apenas doida, que ando sempre a arranjar conflitos interiores. Sem pensar que estou a desiludir alguém.
Estava sentada no meu gabinete, a ver a chuva a cair e a tentar concentrar-me. Mas não conseguia. Só tinha mesmo vontade de pegar nas minhas coisas e não voltar a aparecer mais. O que é que se passa. Perguntam-me... vocês, o mundo, eu... Não sei, respondo eu. Respondo-vos a vocês, ao mundo, a mim. Simplesmente não sei. Simplesmente descobri que não me sinto realizada em nada que faça. Simplesmente me dei conta que ando a deixar passar os dias e não faço nada por mim, pelos meus sonhos e começo a acreditar que é tarde demais. Porque no meu projecto de vida, já deveria estar orientada. Mas não estou. Sinto-me sozinha e sem norte. Sinto-me realmente à deriva. Tenho os meus sonhos encaixotados, a espreitarem de vez em quando, como se fossem uns pequenos olhinhos num caixote arrumado num sótão escuro.
O que realmente me apetecia era largar tudo. Largar tudo e lutar pelos meus sonhos. Apetecia-me que não existissem coisas negativas. Apetecia-me estar por minha conta, que o dinheiro não fosse importante e que eu pudesse simplesmente partir em busca disto tudo que tenho atravessado no meu caminho.
Estou perdida. Estou mesmo perdida. Nunca me senti assim. Não é como quando queria sair do Hotel, não é como quando me sentia parada no meu percurso. Não sinto que estou pelos cabelos. O que sinto é desanimo, covardia... sinto-me muito pequenina. Sinto que não tenho motivação. Sinto que realmente ainda não encontrei o meu caminho.
Não sinto que queira desistir, na verdade quero ir à luta, mas não por esta causa. Este ainda não é o meu lugar. E quando me apercebo disso, sem saber o que fazer, só consigo deixar rolar estas lagrimitas... E quem me dera que elas resolvessem tudo. Como eu gostava de tirar este nó da minha garganta... porque ultimamente é assim que acordo. Com um nó permanente, como que a lembrar-me do que está a faltar na minha vida. Do que eu deveria estar a fazer. E eu vou engolindo em seco, a ver se passa. Mas cada vez está maior. Cada vez é mais difícil engolir. O que é que eu faço? Estou tão perdida. Quero sair dali. Mas e depois? Estou a falhar na expectativa de todos. Como é que eu vou levar isto para a frente? Como é que eu engulo este nó? Como é que cheguei aqui assim...
Estou lá no fundinho e a acenar a minha mão. Preciso de ajuda.

Será que me aborreço depressa demais das coisas? Sou uma mal agradecida? Será que sou uma pessoa inconformada? Não sei. Não sei nada.
Não quero voltar para lá. Não é o que quero. Sinto-me triste, porque não entendo o que sou. Não entendo porque não me sinto realizada. Só há uma coisa que eu sei: sei o que quero para mim. Só sei que quero trabalhar para mim. Só não tenho é coragem de enfrentar o mundo. Preciso de um novo milagre. Com urgência...

Desculpem o desabafo.






(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Estar no lodo.

Encontro-me num lodo desgraçado.
Para quem não sabe, estar no lodo é uma giría na restauração, que significa estar completamente desorientado, cheio de trabalho e sem saber por onde se virar.
Assim estou eu, e não estou num Hotel. Aprendi este conceito com o meu primeiro companheiro do turno da tarde; um senhor com idade para ser quase meu avô. Muito simpático, paciente e que me ensinou coisas que eu senti que não aprenderia com mais ninguém.
O bichinho do empreendedorismo continuar a mexer-se cá dentro e nos meus piores dias fica-me a segredar ao ouvido: sai porta fora!
Mas ainda não tive coragem.
O que mais me magoa no mundo, não é trabalhar até cair para o lado. É trabalhar para pessoas que são egoístas, rancorosas, vingativas e sem consideração pelo próprio.
Alguém me diz, para que lado fica o norte? Ou a porta de saída. Só para apanhar ar fresco.





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Novidades!

Como as Redes Sociais estão na moda e sendo eu uma viciada em Internet, finalmente inaugurei a página no Facebook do "Diário". Estou muito feliz porque tenho recebido muitos e-mails de seguidores do Blog e o meu objectivo sempre foi criar um blog dirigido às pessoas. Muito obrigada por me acompanharem! Muito obrigada mesmo por fazerem valer a pena a minha dedicação, por me incentivarem a escrever e por me inspirarem. Sinto que o Blog continua a crescer e não poderia estar mais satisfeita!!
Então depois deste bocadinho mais sentimental, dou por aberta a sessão de inauguração da página no Facebook: https://www.facebook.com/diario.ex.recepcionista?ref=hl Entrem, revejam histórias, inspirem-se e inaugurem também esta página que pretende acompanhar os vossos dias.

Entretanto, já regressei das minhas férias. A primeira semana foi muito complicada... foi quase como entrar num comboio em andamento, mas obrigarem-me a ir no tejadilho do comboio a correr. Então hoje fiz uma pausa. Preciso de recuperar energias, de encontrar o meu equilíbrio, de me organizar e de me dedicar a coisas que eu gosto. Desde cedo que tenho traçado um caminho para mim: ser uma freelancer, trabalhar por minha conta e sentir-me realizada. Ainda me falta muito para chegar onde quero, mas sei que já estive mais longe. Por isso aqui estou hoje, a dedicar-me às coisas que gosto :)
Não há nada como sentir liberdade.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
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