terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Boas Festas!

Estão a chegar mais 365 dias para sermos felizes. O que eu desejo é que este sentimento de conforto, felicidade e harmonia que sentimos na época de Natal seja lembrado nas horas mais complicadas, nos dias mais difíceis. E que a Esperança nunca nos abandone.
Tenho sempre esperança de novas oportunidades com o virar da página do calendário.
Desejo-vos umas Festas Felizes, na companhia de quem vos é mais especial. Porque, com todo o coração, posso afirmar que o Natal é feito desses momentos: da partilha, dos passeios de mão dada nos frios fins de tarde, da alegria da mesa de Natal, do conforto de quem nos quer bem.

Feliz Natal a todos e um Ano repleto de realizações e boas oportunidades. Sejam felizes :)

P.S.: Uma dedicatória especial a todos os que têm de trabalhar nesta época, para que possam providenciar a "outros" um Natal de conforto e harmonia. Feliz Natal para vocês :)

Até 2015.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

These Wings are made for flying!

Há coisas que às vezes ouvimos que se assemelham a um murro no estômago.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Como saber se está infeliz com o seu emprego

Parece uma afirmação quase óbvia. Desde pequenos que temos a mania de sabermos logo o que gostamos e o que não gostamos, e dizemos, sem preconceitos, a quem se atreve a questionar-nos a nossa sincera opinião: batatas fritas em vez de esparregado, da tia Lili em vez da amiga chata da mãe, de jogar tetris debaixo dos lençóis em vez de dormir (olá geração de 80).
Ora bem, parece que com o crescimento surge uma espécie de barreira maquiavélica que não nos permite fazer aquilo que gostamos e esquecemo-nos, inclusivamente, de assumir a nossa posição em relação ao que realmente "nos cai no goto". Temos informação a mais e demasiado confusa na nossa cabeça para perceber se estamos realmente felizes ou acomodados. Por isso é que nunca sabemos se afinal gostamos mesmo do nosso emprego, ou gostamos de uns trocos ao fim do mês e de "estar entretido" durante a semana.
Hoje trago aqui uma lista preciosa de sinais, para que possa perceber se está infeliz com o seu emprego, ou se está a fazer algo que realmente gosta:

Como saber se está infeliz com o seu emprego:


1- Insulta os seus chefes mentalmente enquanto eles falam consigo;
2- Passa o dia a fingir que trabalha, quando na verdade anda a navegar na internet à procura de oportunidades de emprego e de artigos sobre "como saber se chegou a altura de se demitir" ou até mesmo "como saber se está infeliz com o seu emprego";
3- Actualiza o seu Blog na hora de expediente;
4- Não participa de eventos sociais da empresa, porque sabe que os seus colegas são umas ovelhas ronhosas e quando realmente precisa deles ninguém colabora. Entende, portanto, que não vale a pena andar a engraxar ninguém nem fingir que são todos muito amigos só para as "comilanças" (o mesmo se aplica aos seus chefes);
5- Chega atrasado de manhã porque quando pensa em se levantar e olhar para a cara de todos eles, deseja que lhe dê um ataque logo ali na sua confortável cama;
6- Chega atrasado depois de almoço porque "surgiu um imprevisto";
7- Cumpre escrupulosamente o horário de saída, ainda que só tenha entrado ao trabalho meia hora antes (porque surgiu "um imprevisto") pois os horários de saída são para respeitar;
8- Finge ter algum problema a meio da tarde para poder sair mais cedo e ir fazer compras de Natal;
9- Só pensa em maneiras de ser demitido sem justa causa, para que possa, pelo menos, ter algum rendimento enquanto se aventura no Novo Mundo (e para que não pareça tão negativo chegar a casa e dizer: demiti-me! (com ar de super guerreiro). Sempre tem outro impacto chegar a casa e dizer: fui demitido... (e fazer uma cara triste). Os comentários, as reacções e a complacência são outros... acredite.). Em último caso faz Novenas, pede Milagres e reza a todos os Santos que lhe encontrem uma solução para que não lhe renovem o contrato;
10- Na altura de desespero, acorda uma manhã decidido a ir falar com o chefe e negociar a sua saída. Até que chega à empresa e se depara que o chefe, mais uma vez, não aparece nesse dia;
11- Já só consegue pensar numa solução radical: espetar uma tesoura ou qualquer objecto pontiagudo no peito para acabar com o seu sofrimento.

Se respondeu "Sim" a uma ou mais afirmações é melhor mudar de rumo... Ou ainda o vão encontrar numa poça de sangue e com uma tesoura ao lado.
Não descure a sua sanidade mental.  

"You don't hate mondays, you just hate your job".








(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eu e os conflitos interiores

O mês de Dezembro é o meu preferido. Ainda assim, tenho vivido num antagonismo... Quando acordo e penso que tenho de ir para o trabalho, só desejo que o dia chegue depressa ao fim... ou pelo menos que as 18H00 cheguem depressa. E assim tem passado o meu querido mês de Dezembro... metade do mês já lá vai... e eu neste sofrimento existencial. Não há nada mais triste que olhar pela janela e desejar estar lá fora, mas não ter coragem de deixar tudo assim "do pé para a mão". Ando em busca das oportunidades, só Deus sabe... Ando à procura dos meus momentos simples de felicidade, tentando que os meus dias maus não se sobreponham à tranquilidade desta época que tanto adoro. Não tenho conseguido, excepto quando não estou sozinha. É muito difícil querer seguir em frente quando não temos uma estrada, quando ninguém nos abre a porta... ou uma janela. E que isto não saia daqui, mas a minha produtividade tem sido zero. Só me tenho preocupado em procurar emprego, em criar possibilidades na minha vida. Estou realmente à espera de uma intervenção divina: ou que me despeçam ou que eu encontre alguma coisa depressa... é que o relógio continua a contar e não tarda chega a data da "renovação do contrato". Alguém desse lado que reze por mim, por favor. Só me quero libertar.
Obrigada.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

Palavras que vêm do coração

Desde que me lembro que gosto de escrever. Não estou a dizer que escrevo bem, mas gosto. Quando ainda não sabia ler nem escrever, pegava num livro e inventava, pegava numa folha de papel e fazia uma espécie de hieróglifos infantis, fingindo escrever histórias.
Quando fui para a escola primária já sabia ler e escrever, muito graças também ao incentivo que tinha em casa e à paciência da minha irmã. O meu pai fazia-me ditados e a minha irmã obrigava-me a fazer cópias, mesmo quando eu ainda não sabia o que era a letra "a". A minha mãe preocupava-se com a apresentação da minha letra :)
Ainda "cachopa", participava em concursos literários da biblioteca da escola ou daqueles nacionais promovidos por editoras nacionais. Tenho um caderno onde guardo todas as histórias que escrevi, os poemas e nunca me esqueço de ter uma professora de português que me incentivava a escrever e num dos concursos permitiu que eu fosse desclassificada, porque não me explicou que tipo de texto deveria ser apresentado. Eu fiz uma narrativa. Não deveria. O mundo é cruel.
Todas as minhas fases estão escritas em palavras e quando quero recordar vou aos diários e, mais recentemente, aos Blogs.
Gostava de fazer da escrita uma espécie de profissão. Contribuir para blogs, para sites... para alguma coisa que me fizesse escrever o dia todo, que me alimentasse a fome da minha veia criativa. Tenho ideia que segui o curso errado para isso... Não basta tirar uma folha de papel e escrever como se não houvesse amanhã. É preciso estar atento ao mundo, ao enquadramento das palavras. Algo que parece tão simples como escrever, também tem a sua ciência. Acredito, no fundo, que o que nos inspira é o que dá o cunho pessoal à nossa escrita. Não temos que ser todos "pseudo-intelectuais", a fazer referências literárias e políticas. Acho que temos de ser nós. E é por isso que há tantos por aí a fazer sucesso, mesmo que ninguém repare na incoerência gramatical "da coisa"... Eu incluída, claro. Mas eu, ainda estou "na sombra"... :)





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Inspirações...

Hoje é isto... :)
Inspirem-se.





fonte da imagem: favim.com




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Carta ao Pai Natal

A árvore de Natal está montada, a casa decorada, o aconchego do lar reitera-se, a lista de presentes está definida em processo de conclusão e só falta a tradicional Carta ao Pai Natal.
Tenho escrito algumas ao longo da minha existência... recordo-me daquelas que são mais felizes em que só pedia nenucos e bonecas Pinypon. Outras estão espalhadas aí por outros blogs aos quais não posso fazer referência, só por esta questão de "anonimato".

Hoje, decidi escrever a carta para este Ano vindouro. Estou mesmo no dia perfeito para escrever os meus pedidos: sinto-me como todos os dias - sem inspiração, sem esperança no futuro, com raiva do mundo e de todos os que se acham superiores.

Querido Pai Natal,

Sei que tenho sido uma pessoa bipolar nos últimos meses. Se houvesse um gráfico que ilustrasse o meu estado de espírito ao longo de 2014 seria uma espécie de montanha russa, com predominância para quedas vertiginosas nos últimos meses.
Tu sabes que me empenho nos meus projectos e que me considero uma pessoa altamente sonhadora e positiva em relação às minhas ideias, à concretização de projectos... não me falta força de vontade, mas neste momento não tenho como me manobrar. Estou num beco sem saída. 
Obrigada porque me presenteaste este ano com um emprego diferente; não posso não estar grata por esse presente. No entanto, sabes que esta minha ocupação profissional está cada vez mais longe das expectativas. é muito difícil trabalhar com pessoas inflexíveis, individualistas e que me tratam como uma miúda... Querido Pai Natal, tu sabes como isso está a matar a minha auto-estima, a deprimir os meus dias e a destruir a felicidade que gostava de ver nas pequenas coisas. É muito difícil chegar às 9H00 e já ter alguém a falar mal do chefe, do trabalho, da vida, dos dias e de qualquer outra porcaria que lhe venha a cabeça que só desilude e deprime as pessoas que estão à sua volta. Estou assim desde Janeiro, Pai Natal. Nos primeiros meses o trabalho era suportável porque queremos sempre impressionar as pessoas e eu vinha muito motivada. Mas agora é insuportável trabalhar assim neste ambiente. Em que a Direcção não quer saber dos empregados e onde cada "colega" de trabalho só está preocupado em tramar a vida dos outros. Não sei viver num clima de individualismo e arrogância. Como é que eu tenho uma chefe que vai de férias e me deixa na mão?
Eu sei que todos os trabalho têm os seus dias maus e difíceis, mas não considero normal que o meu emprego seja péssimo todos os dias. Por isso, Pai Natal, só te vinha pedir a possibilidade de sair do meu emprego. Eu sei que sou uma egoísta, pois existe tanta gente à procura de um trabalho e eu "deveria era agradecer o que tenho". Sou uma egoísta, eu sei. Mas eu só queria ser feliz.
Começo a pensar que escolhi a profissão errada, o curso, sei lá... Quero mudar o rumo da minha vida e é isto que te venho pedir para 2015. Por favor Pai Natal, ajuda-me. Ajuda-me! Não quero continuar aqui mais um ano... não quero...

De resto, tenho muita coisa para te agradecer também: por ter a minha família junto a mim, por todos estarem vivos mais um ano. Tenho uma relação muito saudável, que me equilibra, completa e me preenche. Sou muito feliz ao lado dele. Sou genuinamente feliz, mesmo nos dias em que me apetece desaparecer e chorar até não poder mais. Neste momento, é das poucas coisas que realmente dá sentido à minha vida. Podes acreditar, Pai Natal.

Obrigada pelas oportunidades que me dás para eu ser feliz: poder aconchegar-me no sofá e partilhar tempo com alguém; passear de mão dada nem que seja no supermercado; o tempo que ainda tenho disponível para fazer o que eu gosto; poder ir às compras com a minha mãe; passear o meu cão nos dias de Verão; dormir a sesta com o meu gato aos pés; viver momentos que não voltam mais, mas que me enchem de felicidade e tranquilidade.

Não te esqueças de mim, querido Pai Natal, nem das pessoas que estão à minha volta.

Obrigada.





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

domingo, 30 de novembro de 2014

"Dezembroaólica"

- Sim, eu sou aquela pessoa que ouve músicas de Natal desde o primeiro dia de Dezembro até ao dia 31, todos os dias, desde a hora que se levanta, até à hora que se deita. Não estou a exagerar.
Por isso a minha experiência laboral preferida foi estar numas típicas casinhas de Natal a prestar informações turísticas a hóspedes, onde ouvia 10 horas de músicas de Natal sem qualquer sacrifício. Desculpem-me as pessoas que trabalham em centros comerciais, mas não entendo o vosso "sofrimento". Sofrimento? Quem é que sofre com músicas de Natal? Who are you people??

- Eu também sou aquela pessoa que começa a planear as festividades com 4 semanas de antecedência, anotando tudo no meu bloquinho pessoal. Cada semana até ao Natal compreende tarefas específicas, que vou cumprindo religiosamente, para não acumular tarefas de umas para as outras.

- Sim, eu tenho meias com motivos natalícios (obrigada Mana) e brincos com bonecos de Natal (obrigada também Mana);

- Sim, também tenho um pijama de Natal;

- E uma camisola que também visto no primeiro dia de Dezembro e só tiro quando desmancho a árvore de Natal.

- Faço biscoitos com formas natalícias, pelo menos duas vezes no mês de Dezembro.

- Só entro em "modo Natal" a partir do dia 1 de Dezembro. E recuso-me a aceitar os Centros Comerciais enfeitados no mês de Novembro. Querido Novembro, pára de tirar protagonismo ao teu mês vizinho.

- Demoro 2 dias a enfeitar a casa toda (sim, tenho a desculpa da casa ser grande).

- Sim, amanhã começa o meu mês preferido :)



















(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

"Na Cozinha" - Receita de Bolo de Uva

O Outono é a minha primeira estação preferida, depois vem o Inverno (mas só gosto daqueles primeiros quinze dias quando começa, em Dezembro), a seguir é a Primavera e depois o Verão.
Gosto do Outono porque, só de pensar, me desperta os sentidos: as cores, o aroma das primeiras chuvas, o barulho das folhas nos pés, o conforto do quentinho dos agasalhos, o cheiro das castanhas, dos bolos, da comida...
Sim, hoje o post é dedicado à comida :)
Um dos meus lugares preferidos para estar nos dias chuvosos de outono é na cozinha. Aconchega-me o coração estar de volta da farinha, do livro de receitas e ficar "pasmada" a olhar para o forno à espera de resultados. Não sou uma cozinheira profissional, sou daquelas de trazer por casa; tenho preferência por bolos e coisinhas doces.
Desde o ano passado que tenho pensado inaugurar uma rúbrica num dos blogs onde tenho "autorização" para escrever. Acho que este é o mais indicado, uma vez que já abandonei um blog pessoal que tinha para me dedicar a este e os outros são demasiado técnicos para levarem com as minhas tentativas de chef.

Não estou a querer fazer disto um blog de cozinha, gostaria apenas de partilhar algumas receitas pouco populares por aí e que resultam em iguarias fantásticas.
A rúbrica "Na Cozinha" inaugura hoje com uma receita de Bolo de Uva. Experimentei o ano passado, em Outubro e caiu que nem ginjas!
Ora vejam lá a receita:

Bolo de Uva

Para uma forma de bolo inglês com 20 cm de comprimento

Ingredientes para a massa:
  • 250 g de uvas sem grainhas
  • 80 g de manteiga, 80 g de açúcar
  • 40 g de pasta de amêndoa
  • 2 ovos
  • 150 g de farinha
  • 1 c. de chá de fermento em pó
  • 2 c. de sopa de amêndoa em palitos
  • 1 c. de chá de raspa de casca de 1 limão
  • 2 c. de sopa de iogurte
Ingredientes para o frosting de pasta de amêndoa:
  • 125 g de pasta de amêndoa
  • 50 ml de natas
  • 25 g de manteiga amolecida
  • 2 c. de sopa de açúcar em pó
  • 100 g de queijo creme
E ainda:
 Manteiga e farinha para a forma | Açúcar em pó para polvilhar

1. Pré-aquecer o forno a 180ºC, untar a forma com manteiga e polvilhar com a farinha. Lavar e enxugar as uvas. Derreter a manteiga num tacho. Depois retirar do lume.
2. Bater o açúcar com a pasta de amêndoa finamente picada e os ovos até obter um creme espesso e espumoso. Adicionar a manteiga ainda fluida. Misturar a farinha com o fermento e peneirar sobre o preparado anterior. Misturar tudo com a amêndoa em palitos, a raspa de limão e o iogurte. Por fim, envolver as uvas.
3. Deitar a massa na forma, alisar a superfície e colocar na posição intermédia do forno para cozer durante 40 minutos. Retirar, deixar na forma durante alguns instantes, depois colocar sobre a grade para bolos para arrefecer completamente.
4. Para o frosting, picar a pasta de amêndoa e misturar com as natas até ficar homogéneo. Misturar a manteiga e o açúcar em pó. Bater o queijo creme e envolver na pasta de amêndoa. Deitar na parte de cima do bolo e alisar. Colocar no frigorífico durante pelo menos 30 minutos antes de servir.




Posso-vos garantir que é uma receita fácil e que o meu bolo ficou igual ao da fotografia do livro. Já tenho alguns livros desta colecção que realmente eleva a nossa auto-estima enquanto pasteleiras, na medida em que conseguimos reproduzir fielmente a imagem dos docinhos.



A receita foi retirada de: Pequenos Bolos - Doces Tentações.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Questões Existenciais

Aqui há dias passei os olhos por um artigo muito interessante intitulado: "30 perguntas que me fizeram desistir do meu trabalho e começar a viajar" (traduzido do inglês)
Tendo em conta que ando numa fase de muita introspecção, decidi adaptar estas perguntas à mudança. Porque é que ainda não mudei?

1. Se não for agora, então é quando?
Se não for agora, acho que não será mais tarde. O sexto sentido não me engana e realmente sinto que o momento é agora.
2. O que é que farias se ninguém te julgasse?
Despedia-me do meu actual emprego, tirava um curso de formação, arranjava um part-time em qualquer lugar para poder financiar a formação e abraçava o meu projecto turístico com toda a força. O melhor é que me poderia dedicar a formar as pessoas, a ensinar e a fazer a diferença nas suas vidas. É o meu grande sonho.
3. Fizeste alguma coisa  que valha a pena ser lembrada mais tarde?
Sou parte de uma relação feliz.

4. Tempo ou dinheiro
TEMPO.
5. Qual é a coisa da qual te sentes mais orgulhoso(a) mas que nunca colocarias num Currículo?
Sinto-me orgulhosa por ser tão determinada, por ter um espírito empreendedor, por organizar tão bem a minha casa, os espaços. Sinto-me orgulhosa por tudo o que eu faço com muito amor. Sinto-me orgulhosa de ter viajado sozinha para um país estrangeiro e ter conseguido "sobreviver".
6. Daqui a 20 anos o que é que queres recordar?
Quero recordar a mudança. Que fui capaz.
7. Se tivesses que mudar de país para onde seria e porquê?
Gostava de mudar para a Alemanha. Sei que é um amor incompreendido, mas identifico-me muito com a cultura. E adoro a língua. E a gastronomia :)
8. Qual é a coisa que sempre quiseste fazer desde que eras uma criança?
Viajar muito.
9. Quando é que te apercebeste que a vida é demasiado curta?
Quando comecei a perceber que tenho desperdiçado o meu tempo em coisas que não gosto realmente de fazer.

10. Que memória do passado te faz mesmo sorrir?
Quando consegui entrar na Universidade.
11. Sentes-te orgulhoso (a) do que estás a fazer ou do que já fizeste?
Do que eu já fiz.
12. Daqui a um ano como é que queres ser diferente?
Quero ser diferente como profissional.
13. Estás a fazer aquilo em que acreditas ou estás a contentar-te com o que fazes?
Estou a não querer contentar-me.
14. O que é que precisas para fazer acontecer?
Preciso de que alguém me empurre e me faça acreditar. Que me diga: arrisca, não importa que falhes, mas pelo menos vais em busca do teu sonho. 
15. O que é que realmente amas na vida?
A paz, os dias de sol, as folhas no outono, a família, o amor, a tranquilidade.
16. Quando é que foi a última vez que notaste o som da tua própria respiração?
Quando decidi experimentar Yoga.
17. O teu maior medo alguma vez se tornou realidade?
Não. Mas eventualmente tornará. Não há nada pior que termos medo de perder as pessoas que mais amamos e isso realmente suceder, um dia.

18. O que é o sucesso para ti?
O sucesso é ser feliz no que eu faço. Sucesso é sentir-me completamente realizada profissionalmente. Sem fingimentos.
19. O que te faz sentir maravilhosa em relação a ti?
A minha capacidade de amar as pessoas à minha volta.
20. O que é que mais admiras no mundo?
A Natureza. A obra de Deus.
21. Se a vida é tão curta, porque é que fazemos tantas coisas que não gostamos?
Por obrigação. Por medo. 
22. Quando é que foi a última vez que começaste alguma coisa nova?
Ontem. Porque na verdade ideias e projectos não me faltam... falta-me saber que consigo ir mais longe. Saber que se fosse possível, arriscaria tudo.
23. Por ordem de importância, como classificarias: felicidade, dinheiro, amor, saúde, fama?
Felicidade, Amor, Saúde, Dinheiro, Fama.
24. O que e que não durou para sempre, mas mesmo assim valeu a pena?
Trabalhar nas "Casinhas de Natal".
25. O que é que o medo ou o facto de falhar te impediu de fazer?
Seguir realmente o rumo que quero dar à minha vida. É a única coisa que neste momento me impede.
26. Numa palavra, como é que passarias o último mês da tua vida?
Vivendo sem limitações (está bem, foram 3 palavras... mas necessárias :))

27. Pelo que queres ser conhecida(o)?
Pela perseverança.
28. Pelo que é que estás agradecida (o)?
No meio de todo o caos que muitas vezes sou responsável, tenho a dizer que sou uma pessoa abençoada, pela família que tenho, pelo namorado, pelos pequenos luxos que posso fazer. Por ter um tecto, por ser saudável e por ter pessoas que realmente se preocupam comigo.

29. O que é que precisas de deixar ir?
A insegurança e a tristeza.
30. Se ainda não conquistaste o que é que tens a perder?
A credibilidade perante as pessoas...

O meu propósito tem sido descobrir porque é que ainda não desisti e "parti para outra". Muitas vezes os receios falam mais alto e colocamos muita coisa em jogo, em particular a nossa sanidade mental.
Seria tudo mais fácil se realmente conseguíssemos ir em busca do que nos faz realmente felizes.


Este artigo foi inspirado em: http://www.travelettes.net/30-questions-that-made-me-quit-my-job-and-start-traveling/


(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dicas para descobrir se tem "bons genes" - e as suas consequências:

Sou daquelas pessoas que os outros indicam como ter "bons genes". Poderia dar muitos exemplos de como a minha carinha passa facilmente por 10 anos mais nova, como daquela vez na discoteca que me pediram o bilhete de identidade... 2 VEZES!!! No entanto, o que trago aqui hoje são dicas para descobrir se padece deste mesmo mal desta mesma condição e que consequências poderá sentir ou vivenciar:

1. Tem um almoço de negócios com um cliente masculino/feminino e as pessoas julgam que é seu pai/mãe (nesta situação, das duas uma: ou você tem mesmo um ar muito jovem, ou o cliente tem um ar de idade muito avançada);

2. Imagine que é do sexo feminino e tem um almoço de negócios com um cliente do sexo masculino. Estão sentados na mesa a discutir questões de trabalho (ou a arranjar temas de conversa) e alguém vos deita um olhar inquisidor durante toda a vossa refeição, julgando que o cliente a contratou como acompanhante de luxo (isto depende muito da maldade que vai na cabeça das pessoas que vos observam; normalmente veem a maldade deles reflectida nos outros. E sim, isto aconteceu-me. O homem passou a refeição a olhar para nós. Este cavalheiro observador estava "acompanhado" por uma "menina" que eu reconheci dos meus tempos de Recepcionista...);

3. Não tem credibilidade no seu emprego (os "dinossauros" dirigem-lhe palavras como: "é só uma miúda", "não constitui realmente uma mais valia para a Empresa", "ainda é nova, ela que carregue com os pesos" e expressões machistas e conservadoras similares);

4. Se tem quase 30 anos e passa pelos miúdos do liceu, é olhada/o como uma/um garota/o (a mim, não é isso que me incomoda. É o ar de superioridade que esta garotada - não toda- hoje em dia pensa que tem);

5. Se comenta alguma dificuldade que tem na vida ou se se mostra solidária/o com alguma situação de um colega, dizem-lhe que ainda é muito nova/o para perceber o que custa realmente a vida (fico sempre a perguntar-me se há uma idade certa para sermos realmente sofredores. Ou as pessoas mais velhas ficam com a ideia que os mais jovens não sofrem e que a vida é um mundo cor-de-rosa que alguém pintou por eles?);

6. Não é possível queixar-se de ter doenças ("os mais velhos" não acreditam que as tenha. Ainda é muito jovem)

8. Se ainda vive com os pais, então não terá credibilidade nenhuma no círculo de colegas do emprego (será o funcionário que não precisa de fins de semana, que não sai a horas, que pode facilmente abdicar da sua agenda pessoal pois não tem filhos para alimentar nem tem o respectivo cônjuge à espera. Fiquem a saber que a minha maior realização pessoal está, exactamente, fora das minhas horas de trabalho. Não são vocês que me enchem de beijinhos, nem me levam a passear);

9. À semelhança das crianças, se alguma coisa correr mal, sempre se pode desculpar que é uma/um jovem com pouca experiência e passar por alguém louco, irreverente e que anda atrás das melhores sensações da vida.

10. Um dia, quando se encontrar nos "-entas" (leia-se quarentas, cinquentas...) vai agradecer continuar com esse ar tão jovem.






(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

26 Anos e alguns Pensamentos

Parabéns para mim, porque faço hoje 26 anos de idade. 26 anos... não posso crer que já passei de um quarto de século. Onde é que estão os 21 anos? Não dei conta de passar nem pelos 25, quanto mais. Então, hoje é o primeiro dia em que me habituo a dizer às pessoas que tenho 26 anos. Assim que me habituar, já tenho 27... o costume.
26 anos são quase 30 e quase 30 obrigam a uma panóplia de coisas que devem ser feitas ou que já deveriam ser feitas. Há menos 10 anos atrás tinha projectos e ideias para a minha vida, que ou ainda não se proporcionaram, ou estarão para se proporcionar... ou já não se proporcionam de todo.
Hoje apresento aqui um Top 10 do que eu pensava (há 10 anos atrás) que a minha vida seria:

1- Estar num emprego estável, ser muito bem sucedida e ter a admiração das pessoas. Basicamente ser uma "boss" :D (keep dreaming girl)
2- Assustava-me muito ser uma empresária de sucesso e não saber como me pentear. Mission Accomplished. Aprendi que é importante cortar o cabelo (mature me).
3- Pensei que por esta altura já teria uma casa, daquelas de catálogo, com uma sala gigante. (Hoje, só penso num T0, aconchegante, onde eu me sinta em casa e onde tenha um cantinho onde possa estar concentrada a actualizar os meus blogs)
4- Estava convencida que ia emigrar para a Alemanha. (Acho que neste momento, não faço questão)
5- Sonhava em ter alguém ao meu lado, mas acreditava que nunca ninguém ia sequer dar conta de mim (ser adolescente, faz-nos deturpar tanto o mundo... :) )
6- Pensei que ser grande era "giro" (Agora descobri que dá muito trabalho... e quantos mais anos passam, mais trabalho dá).
7- Felizmente aprendi como se usa maquilhagem desde os meus 16 anos.
8- Nunca teria que me preocupar com o que comia... nem pegava numa peça de fruta... (agora é só ver-me ser saudável!)
9- Tinha gostos musicais dúbios, há 10 anos atrás. Felizmente, isso passou-me.
10- Tinha ideia que ter 20 e tal anos era sinal de "velhice precoce". Na verdade, somos muito jovens ainda. Nem sequer a sociedade nos consegue levar muito a sério.

Como realmente é a minha vida aos 26 anos:

1- Estou sempre insatisfeita com qualquer emprego, pois descobri que tenho tendência para empreender nos meus próprios projectos e isso realiza-me profundamente.
2- A maneira como me visto ou como me penteio espelha a minha personalidade. Aos 16 anos, não temos auto-confiança suficiente nem para levar uma saia para a escola, se alguma "amiga" não levar também.
3- Casa dos pais. Trato a casa como minha, porque gosto de arrumar, de organizar, de cozinhar e fazer bolinhos.
4- Tenho quase um jardim zoológico em casa.
5- Preocupo-me muito em investir na minha educação e formação. Os anos ensinam-nos que devemos fazer a diferença.
6- Senti-me subitamente "rica" quando consegui comprar o meu carro.
7- A minha vida social não é muito activa. (Cat Lady)
8- Tenho um companheiro para a vida.
9- Fico frustrada facilmente com as limitações da vida.
10- Aprendi a dar ainda mais valor às pessoas e às suas atitudes.
Item extra: olho para os "garotos" de 16 anos e dá-me saudades de ser assim tão despreocupada.

A melhor parte, é que ninguém me dá 26 anos. E prova disso foi o último "barramento" que me fizeram na porta da discoteca...

Happy Birthday to me :)




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

domingo, 5 de outubro de 2014

Sobre

Olá.
Bem-vind@ ao meu Blog. Este Blog nasceu enquanto trabalhava como Recepcionista de Hotel. Decidi começar a escrever algumas histórias interessantes que se passavam atrás de um balcão de hotel e que passam muito despercebidas a quem não está ligado ao mundo da hotelaria, directamente. Achei que seria positivo poder partilhar algumas confissões, alguns segredos e até alguns desabafos de uma recepcionista, que pode ser qualquer uma, em qualquer parte do mundo. As Histórias da Hotelaria retratam isso mesmo: a vida de um Recepcionista.
Abandonei a Hotelaria, mas não quis deixar morrer o blog e por isso mesmo, decidi continuar a relatar as minhas aventuras como Técnica de Turismo: as dificuldades que vou encontrando, as histórias curiosas,
as confissões e os pensamentos profundos que tenho em relação ao trabalho.
E aproveitando o facto deste blog ser anónimo, decidi deixar também um pouco do meu Mundo a descoberto: momentos felizes, de introspecção, de experiência e de vida, sobretudo, estão também aqui retratados.

Apesar de tudo, nunca deixarei de ser uma Ex-Recepcionista. Não importam as voltas que o mundo dê, é uma coisa que fica para sempre. Esta profissão tem tanta força, que nunca mais nos dissociamos dela... em cada pormenor da nossa vida prática, existe sempre um pouco de "Recepcionista" nela, até na forma como tratamos os (ex-)colegas, ou na maneira como deixamos a mesa do pequeno almoço no Hotel onde passámos férias, imaculadamente organizada...

Faça a sua reserva nesta aventura.

Boa leitura :)

A Ex-Recepcionista.


(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

O que precisa de saber na 1ª aula de Yoga

 Sou uma pessoa dada a experimentações e se há coisas que me despertam curiosidade são aulas de grupo de demonstração de qualquer actividade física, porque sei que, à partida, quem vai lá também não percebe muito "da coisa" e assim, fico-me a sentir menos inculta.
Este fim de semana, decidi experimentar, pela primeira vez, uma aula de Yoga Lu-Jong (Yoga tibetano de cura). Estava super entusiasmada com a iniciativa e cheguei com muitas expectativas. Nunca tinha experimentado nada do género, mas sentia-me à vontade, apesar de não saber, quase, "para o que ia".
Depois daquela hora de yoga aprendi coisas essenciais que me vão servir para futuras aulas de yoga (e similares), que vou deixar aqui, para o caso de alguém se encontrar, um dia, eventualmente, na mesma situação que eu.
Ora aqui está a lista das 8 coisas que aprendi:

1 -  É muito importante, muito importante mesmo, andar sempre com os pés minimamente mimados (unhas cortadas, peles tratadas, calos escondidos e se possível, alguma cor nas unhas - ter o dedo grande com a verniz a cascar e ter o dedo a seguir só com um vestígio de verniz não conta...) Se por acaso os seus pés têm sido negligenciados, vai estar a aula toda preocupado (a) com este membro de locomoção e não vai relaxar nem vai preparar o corpo para transformar a mente. Mas também poderá utilizar a solução que lhe apresento no ponto 2:

2 - Ainda sobre os pés, não calce umas meias quaisquer: poderá precisar delas para "tapar as vergonhas" citadas no ponto 1. E não importa o que venha... não as tire, nunca! Nem que os seus pés estejam a ferver. Porque se tiver que ficar muito próximo a alguém da sala, pelo menos os seus pés estão cobertos. É muito importante. Acrescente pontos extra combinando padrões divertidos às suas meias.

3 - Sobre "arranjar um par" para fazer algum dos exercícios da sessão... Escolha sempre alguém do seu sexo. Ou vai arriscar-se a ser apalpado (literalmente!), involuntariamente, por alguém que não conhece de lado nenhum. Quase que me espalhava nesta... Obrigada, senhora dos caracóis, por me ter piscado o olho. Conquistou-me.

4 - Vão existir sempre aquelas pessoas já praticantes que levarão o seu tapetezinho de yoga, roupa a combinar e com o seu ar sereno característico. Não se deixe intimidar! Faça a sua melhor cara de Rambo e aguente aquele exercício que vai desafiar o seu equilíbrio e a elasticidade da sua coluna.

5 - Eventualmente, poderá sentir-se um pouco perdido nas instruções. Basta olhar para os "já praticantes". E coloque também um ar sereno e descontraído, para passar a imagem que percebe mesmo daquilo.

6 - Pelo sim, pelo não, vá exercitando aquele cruzar de pernas "à chinês". Pode ser doloroso e desconfortável na primeira aula.

7 - Muito, muito importante: não se esqueça de respirar. Se não, vai acabar todos os exercícios com uma dor de cabeça inigualável.

8 - Se ficar na última fila, vai ter pesadelos com rabos toda a noite. Se ficar entre as duas primeiras, lembre-se que o seu rabo vai ser o motivo de pesadelo das pessoas das filas de trás.

Depois desta experiência, já me enchi de coragem para fazer outras coisas mais agressivas, tipo Body Pump, Body Jump, Body Combat ou qualquer outra coisa que meta Body pelo meio.



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Alternativas, procuram-se.

Sou uma moçoila de gostos ligeiros, sem muitas peneiras. No entanto, tenho um bocadinho de um lado feminino que basicamente implora por vernizes, rímel e lápis de olhos. Saio à rua com uma maquilhagem o mais natural possível, de maneira a disfarçar os 18 anos que sempre me dão (onde já vão...).
Recentemente este lado feminino descobriu uma paixão por batons que não sejam para o cieiro, no entanto ainda não me tinha arriscado à experimentação deste artigo que dizem (os blogs de moda) ser essencial.
Sou uma naba no que toca às cores que eventualmente poderia usar, sem parecer um sinal luminoso e parar o trânsito mal saísse porta fora. Lembrei-me então de me dirigir a uma loja que costuma alimentar o meu "vício" por vernizes (tem quatro letras: começa por K e acaba em O). Enchi-me de coragem e perguntei à moça o que me recomendava. A conclusão disto tudo é que ela ainda percebia menos daquilo do que eu. Não, eu não vou usar um batom roxo choque, nem um acastanhado com brilhantes. Mais triste ainda é que fiquei com aquela sensação que a senhora não percebeu nada do que eu queria, não entendeu o meu estilo pessoal e pior do que isso, não usou o bom senso para avaliar o tipo de maquilhagem que eu estava a usar naquela hora (rimel e... mais nada). Onde é que está a compreensão por tons neutros? Onde é que está "vestir a pele do cleinte"? Entender as suas necessidades? E ainda me pergunta, a mim, que lhe fui pedir conselhos, se preferia mesmo os tons pastéis, acrescentando: "mas olhe que não se vai notar nada"; mas ó senhora, eu disse-lhe por acaso que queria dar nas vistas? Disse-lhe por acaso que queria experimentar a última moda de batons que dão volume e não saem nem lavando com detergente? Não. Eu só lhe pedi, humildemente, que me recomendasse o tom mais claro e natural possível que combinasse comigo e com a minha pele.
Ponho-me a pensar que talvez seja eu que não percebo nada daquilo e que no fundo deveria usar um batom roxo com purpurina...
Estas modas...

(P.S. - Só em jeito de bisbilhotice, já é a segunda vez que sou mal atendida naquela loja sempre que preciso de alguma informação. À terceira, só cai quem quer... Não vou arriscar mais, portanto. Aceito alternativas a esta loja italiana).



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

2 Anos!

Faz hoje 2 anos que o Blog nasceu! :) ... Nasceu de uma ideia numa escada rolante, num centro comercial, enquanto conversava com o meu M. Nasceu antes de um turno da noite. Nasceu da vontade de mostrar ao mundo que há coisas que nem contadas as pessoas acreditam no que se passa atrás de um balcão de uma recepção. Nem acredito que passaram dois anos...
Ainda hoje dei por mim a recordar aquela época fatídica em que tínhamos o jantar daquele grupo de empresários duas quartas-feiras por mês. Numa das vezes (uma das últimas e na altura em que eu já estava mesmo a querer pôr-me a andar), estava na Recepção, a servir as pessoas no jantar, a recolher a louça, a atender o telefone, a servir no bar, a levantar as mesas do jantar... até que com a pressa, escorrego no chão gordurento da cozinha e caio em cheio com o meu "bum-bum"... Quando me vi naquela posição de tartaruga, pensei para mim: chegaste ao fundo.

Parabéns ao Blog e a vocês, que me acompanham há 2 anos :) Obrigada.

fonte da imgem: favim.com


(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Definição de Serviço Externo

 Uma das novidades do meu emprego de Não-Recepcionista é o Serviço Externo frequente. Quando estava no Hotel, tive um ou outro serviço super externo, na medida em que tinha de sair do país...
Neste emprego, serviço externo, para além dos eventos fora da nossa cidade, significa sempre alguma Reunião. No entanto, a minha colega orienta-nos sempre, e muito bem, para uma Reunião que aparentemente demora entre 2h a 3h. E é por isso mesmo que adoro o Serviço Externo... Vou passar a enumerar as razões:
1- Se temos de fazer compras de necessidade para os eventos, aproveitamos sempre e fazemos as nossas compras para casa (conferir texto a negrito).
2- Quer tenhamos de sair de manhã, quer tenhamos de sair à tarde, há sempre tempo para um "lanchinho". Não sei se já experimentaram os Muffins de Frutos Silvestres da pastelaria do Continente... eu fiquei fã.
3- Quando calha, temos sempre oportunidade de espreitar as montras do comércio local.
4- Sempre espairecemos do ambiente fechado de tortura da empresa.
5- Consigo andar na rua com aquele ar sofisticado de pasta na mão e a carteira na outra, a parecer uma verdadeira businnes woman.
6- Apanhamos com aquele solinho maravilhoso das tardes de primavera/verão/outono.
7- O tempo até à hora de saída passa mais depressa.
8- E basicamente é isto.
Nos entretantos, também acontecem coisas engraçadas pelo meio:
Numa tarde de Maio, depois de uma breve limpeza de uma arrecadação, decidimos que era necessário adquirir daquelas caixas de plástico de arrumação, para conseguirmos levar algum material para um evento que íamos ter em Junho.
Então, à tarde, pegamos no carro de serviço e dirigimo-nos a um espaço comercial, que para além de ter artigos de organização, tinha também objectos irresistíveis para a casa (foi onde eu comprei o meu mini puff-sofá que tem uma tampinha e onde eu posso arrumar o que anda à solta pelo quarto...combina tão bem com a decoração que era pecado não o trazer.). Comprámos o que necessitámos para a casa, guardámos tudo no carro e fomos espreitar outra loja que também tinha as tais caixas, apenas para comparar preços. Como a última loja não satisfazia as nossas necessidades, voltámos à primeira e lá comprámos as caixas de arrumação. Solicitámos à menina da loja que nos guardasse as caixas por uns minutos, pois pretendíamos ir lanchar na pastelaria ao lado e não nos apetecia nada levar 3 objectos gigantes que mais pareciam mini monovolumes de transporte... Entrámos, conversámos e degustámos o nosso lanche. Abandonámos a pastelaria e dirigimo-nos ao carro, muito animadas a conversar. 
Chegámos à empresa para descarregar as caixas e demos conta que foram totalmente negligenciadas à custa do nosso lanche... Voltámos à loja, que by the way, dista quase 10 km do sítio onde trabalhamos e recuperámos as caixas que estavam religiosamente guardadas.
A parte boa é que quando voltámos pela segunda vez à empresa, já estava na hora de irmos embora...



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Sometimes you win, sometimes you learn"

Às vezes não sei se é defeito meu, se exijo demasiado do mundo, se tenho expectativas tão grandes que acabo por me "auto-defraudar". Estou numa fase em que me sinto completamente à deriva. Eu sei que o Blog é para vos entreter um pouco, para contar coisas engraçadas... mas hoje sinto mesmo que bati no fundo. Estou a precisar simplesmente de escrever. De desabafar. Estou a precisar de exteriorizar tudo, sem pensar que alguém que me esteja a ouvir está a pensar que eu sou apenas doida, que ando sempre a arranjar conflitos interiores. Sem pensar que estou a desiludir alguém.
Estava sentada no meu gabinete, a ver a chuva a cair e a tentar concentrar-me. Mas não conseguia. Só tinha mesmo vontade de pegar nas minhas coisas e não voltar a aparecer mais. O que é que se passa. Perguntam-me... vocês, o mundo, eu... Não sei, respondo eu. Respondo-vos a vocês, ao mundo, a mim. Simplesmente não sei. Simplesmente descobri que não me sinto realizada em nada que faça. Simplesmente me dei conta que ando a deixar passar os dias e não faço nada por mim, pelos meus sonhos e começo a acreditar que é tarde demais. Porque no meu projecto de vida, já deveria estar orientada. Mas não estou. Sinto-me sozinha e sem norte. Sinto-me realmente à deriva. Tenho os meus sonhos encaixotados, a espreitarem de vez em quando, como se fossem uns pequenos olhinhos num caixote arrumado num sótão escuro.
O que realmente me apetecia era largar tudo. Largar tudo e lutar pelos meus sonhos. Apetecia-me que não existissem coisas negativas. Apetecia-me estar por minha conta, que o dinheiro não fosse importante e que eu pudesse simplesmente partir em busca disto tudo que tenho atravessado no meu caminho.
Estou perdida. Estou mesmo perdida. Nunca me senti assim. Não é como quando queria sair do Hotel, não é como quando me sentia parada no meu percurso. Não sinto que estou pelos cabelos. O que sinto é desanimo, covardia... sinto-me muito pequenina. Sinto que não tenho motivação. Sinto que realmente ainda não encontrei o meu caminho.
Não sinto que queira desistir, na verdade quero ir à luta, mas não por esta causa. Este ainda não é o meu lugar. E quando me apercebo disso, sem saber o que fazer, só consigo deixar rolar estas lagrimitas... E quem me dera que elas resolvessem tudo. Como eu gostava de tirar este nó da minha garganta... porque ultimamente é assim que acordo. Com um nó permanente, como que a lembrar-me do que está a faltar na minha vida. Do que eu deveria estar a fazer. E eu vou engolindo em seco, a ver se passa. Mas cada vez está maior. Cada vez é mais difícil engolir. O que é que eu faço? Estou tão perdida. Quero sair dali. Mas e depois? Estou a falhar na expectativa de todos. Como é que eu vou levar isto para a frente? Como é que eu engulo este nó? Como é que cheguei aqui assim...
Estou lá no fundinho e a acenar a minha mão. Preciso de ajuda.

Será que me aborreço depressa demais das coisas? Sou uma mal agradecida? Será que sou uma pessoa inconformada? Não sei. Não sei nada.
Não quero voltar para lá. Não é o que quero. Sinto-me triste, porque não entendo o que sou. Não entendo porque não me sinto realizada. Só há uma coisa que eu sei: sei o que quero para mim. Só sei que quero trabalhar para mim. Só não tenho é coragem de enfrentar o mundo. Preciso de um novo milagre. Com urgência...

Desculpem o desabafo.






(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Estar no lodo.

Encontro-me num lodo desgraçado.
Para quem não sabe, estar no lodo é uma giría na restauração, que significa estar completamente desorientado, cheio de trabalho e sem saber por onde se virar.
Assim estou eu, e não estou num Hotel. Aprendi este conceito com o meu primeiro companheiro do turno da tarde; um senhor com idade para ser quase meu avô. Muito simpático, paciente e que me ensinou coisas que eu senti que não aprenderia com mais ninguém.
O bichinho do empreendedorismo continuar a mexer-se cá dentro e nos meus piores dias fica-me a segredar ao ouvido: sai porta fora!
Mas ainda não tive coragem.
O que mais me magoa no mundo, não é trabalhar até cair para o lado. É trabalhar para pessoas que são egoístas, rancorosas, vingativas e sem consideração pelo próprio.
Alguém me diz, para que lado fica o norte? Ou a porta de saída. Só para apanhar ar fresco.





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Novidades!

Como as Redes Sociais estão na moda e sendo eu uma viciada em Internet, finalmente inaugurei a página no Facebook do "Diário". Estou muito feliz porque tenho recebido muitos e-mails de seguidores do Blog e o meu objectivo sempre foi criar um blog dirigido às pessoas. Muito obrigada por me acompanharem! Muito obrigada mesmo por fazerem valer a pena a minha dedicação, por me incentivarem a escrever e por me inspirarem. Sinto que o Blog continua a crescer e não poderia estar mais satisfeita!!
Então depois deste bocadinho mais sentimental, dou por aberta a sessão de inauguração da página no Facebook: https://www.facebook.com/diario.ex.recepcionista?ref=hl Entrem, revejam histórias, inspirem-se e inaugurem também esta página que pretende acompanhar os vossos dias.

Entretanto, já regressei das minhas férias. A primeira semana foi muito complicada... foi quase como entrar num comboio em andamento, mas obrigarem-me a ir no tejadilho do comboio a correr. Então hoje fiz uma pausa. Preciso de recuperar energias, de encontrar o meu equilíbrio, de me organizar e de me dedicar a coisas que eu gosto. Desde cedo que tenho traçado um caminho para mim: ser uma freelancer, trabalhar por minha conta e sentir-me realizada. Ainda me falta muito para chegar onde quero, mas sei que já estive mais longe. Por isso aqui estou hoje, a dedicar-me às coisas que gosto :)
Não há nada como sentir liberdade.




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sábado, 30 de agosto de 2014

It's Summer Time!

Férias!! YEY!! Férias como as pessoas "normais"! YEY! Finalmente tenho um bronze de verão conseguido com FÉRIAS DE VERÃO! Sim, estou muito contente por finalmente ter a oportunidade de gozar o tempo de ócio que o Estio convida. Praia, passear, deitar tarde, levantar tarde, comer gelados, passear, estar infinitamente despreocupada porque não tenho que estar a gerir folgas em pleno verão, tempo com a família (já disse passear?)... Enfim, é um mundo de escolhas intermináveis que alimentam o meu gosto de viver.
Pronto estou de férias.
Estava a precisar. E para que não ande só aqui a denegrir o meu antigo trabalho como Recepcionista, passo a explicar que também tenho tido dias muiiiiiiiiiitoo complicados  no trabalho. O que me deixa com os cabelos em pé são as reuniões com os mestres máximos. São daquelas pessoas que só existem em novelas, não sabemos bem quando estou a "aprontar" alguma, quando estão a falar a sério ou quando estão a tentar ser competentes. Mas no fundo, não é bem isso que me apoquenta nas reuniões. A verdade é que é muito difícil ser uma mulher, nesta área de trabalho tão direccionado para os homens. Mais difícil se torna, ser jovem e passar por incompetente. Sinto que preciso de estar constantemente a provar a toda a gente que sou capaz, como se nunca confiassem em mim. Depois existe a pressão, de sentir também que têm as expectativas tão elevadas, colocam-me responsabilidades nos ombros que vão muito para além do meu poder dentro da empresa... Mas enfim, não há empregos perfeitos e não há desafio maior que tentar vencer com os maiores obstáculos.

Entretanto, vou aproveitar mais uns raios de sol. Não tarda, chega a hora de me enclausurar no meu gabinete e ficar a sonhar pela janela pelos próximos dias de Verão...

Até breve!!





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sábado, 28 de junho de 2014

Confissões de uma Ex-Recepcionista.

Cada dia que passa lembro-me aqui deste meu cantinho, que está a ser negligenciado... a ser alvo de uma incorrecta gestão de tempo... Shame on me, confesso...
Tenho que reconhecer uma coisa muito positiva de começar no mercado de trabalho atrás de uma recepção de um hotel: ficamos preparados para quase tudo:
- maus humores de chefes (isto aprendemos com os hóspedes mal encarados)
- trabalhar horas infinitas
- conseguimos completar diversas tarefas ao mesmo tempo
- lidar com telefonemas/clientes chatos
- conseguimos trabalhar no caos
- e eu, pessoalmente, consigo avaliar a perfeição de uma tosta mista e de um sumo natural de laranja, quando vou lanchar a um qualquer sítio por aí.

Tenho a dizer que neste momento tenho uma relação de amor-ódio com a hotelaria. A parte do amor renasceu quando virei hóspede - muahahahahah (uma tendência que tem vinho a aumentar nos últimos meses devido ao meu novo trabalho). A parte do ódio continua cá dentro quando me lembro de coisas que me fizeram escrever este post. 
Mas querem saber uma coisa muito, muito estranha? Sonho muitas vezes com o hotel... que estou atrasada, que estou na recepção, com os meus colegas... e neste momento de pura loucura e confissões... tenho saudades de algumas coisas... de algumas rotinas... Epá, nem acredito que disse isto. Mas é só um bocadinho. São mais as coisas das quais não tenho saudades... Encerramos agora aqui este capítulo semi-lamechas. Ninguém fala mais sobre esta minha confissão.

Gostava, agora, de fazer uma pequena dissertação sobre a minha perspectiva do mundo hoteleiro, mas do lado certo do balcão: o de fora
Em Maio hospedei-me num hotel em Lisboa e tive pena dos recepcionistas mal pus o pé na porta. Não consigo esconder isso. Depois, tive que me deslocar a outro hotel e em conversa com o recepcionista disse-lhe também que já tinha sido Recepcionista, mas que tinha fugido. Responde-me ele: "Fez muito bem! É preciso muita paciência..." Ai, como eu sei disso. E nem sonhas tu, caro ex-colega, as histórias que eu já contei aqui. Mas não te podia dizer, porque sou uma "Anónima".
Eu sou daquelas hóspedes que não dá trabalho. Compreendo bem as informações que me são transmitidas na Recepção de Hotel, uso o serviço de despertar apenas se o conseguir accionar com o telefone do quarto, não usurpo as amenities em todos os dias que lá estou, só sujo uma toalha de rosto e uma de banho (sim, caros hóspedes, lá por terem duas toalhas de cada espécie no quarto não quer dizer que as tenham que utilizar todas no mesmo dia! - Cof, cof, desculpem este aparte... há coisas que ficam "cá dentro"), deixo a casa de banho arrumadinha, o lixo dentro dos saquinhos de plástico, a cama em jeito de ser feita e não ponho roupa espalhada por todo o lado.Sou é, irremediavelmente exigente com a limpeza, talvez por saber como se processa tudo. Não posso ver cabelos de outras pessoas na casa de banho e passo os lençóis a pente fino antes de me deitar. De resto, valorizo e muito o trabalho de todos os funcionários. Mas neste caso, uma das recepcionistas era tão antipática que tive que reclamar. Oh senhora, eu sei que o seu trabalho é super chato, mas ninguém tem culpa.
Outra coisa que me despedaça o coração é ver estagiários atrás do balcão: NÃO! POR FAVOR! MUDEM ENQUANTO É TEMPO. Tanto da primeira, como da segunda vez que lá estive, vi várias carinhas novas a tentar ser o mais competentes e profissionais possível. Estavam, evidentemente, a sair-se bem. Mas repensem nas vossas opções...
Uma coisa que continuo a ser muito boa é a decorar números dos quartos... dos outros! Tanto tempo que andei a decorar e a relacionar hóspedes e números de quartos, que não pensei que eu também precisasse de um quarto, um dia, eventualmente (é que durante o tempo que trabalhei no Hotel, não tinha sequer tempo para ir de férias e alojar-me num hotel... é como se me tivesse esquecido de ser hóspede!).

Então tenho a cena mais engraçada para contar enquanto hóspede:
Primeiro dia do pequeno almoço, depois de uma quase directa em trabalho. Chego eu e os restantes colegas à Sala do Pequeno Almoço e a menina pede-nos o número dos quartos. Auxiliei os meus colegas na árdua tarefa de recordar o número dos seus quartos. Eu, que fiquei para o fim, tive que ir confirmar o número do meu quarto ao Recepcionista. E lá fui, depois, tomar o pequeno almoço.

Uma coisa é certa, é muito estranho estar do outro lado. Ser Recepcionista de hotel é uma coisa que vai ficar realmente para sempre, não importa há quanto tempo abandonámos a profissão. Vai sempre reflectir-se nas pequenas coisas: nas gorjetas que deixamos, na compaixão que sentimos pelos ex-colegas, na partilha de histórias interessantes. E num outro lado de loucura, posso dizer também que tenho muito orgulho em ter tido a oportunidade de envergar uma farda imaculada de Recepcionista. Continua ali, no cantinho do meu armário... :)




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Coisas que mudam... outras não.


A melhor coisa que já me aconteceu desde que entrei no mundo do trabalho é saborear os fins de semana, feriados e fins de semana XL. E que sorte, logo este ano que há pontes pelo meio!
Tenho pensado nos "desgraçados" dos meus colegas do hotel, a queixarem-se com o trabalho, com a falta de pessoal, com as horas a mais, com o dinheiro a menos.
Num acto de loucura, fui fazer-lhes uma visita, a um sábado claro, e estava tudo de pantanas. O hotel cheio, com um serviço paralelo de almoço/jantar e um corrupio de louça e roupa diversa. Ah, como as coisas não mudam...
Tenho feito uma profunda introspecção sobre o que já ganhei desde a minha mudança de horários:
- tempo para me dedicar à cozinha;
- tempo para dedicar ao artesanato;
- almoçar tranquilamente no Domingo de Páscoa sem estar a olhar para o relógio, a contar os minutos que tenho para engolir as entradas, o prato e a sobremesa, porque o Padre decidiu atrasar-se na Visita Pascal.
Estas são as mudanças que tanto almejava.

Entretanto, algumas coisas caricatas têm-me acontecido também... Já não lido tanto com o público, mas lido com alguns passantes... nomeadamente jardineiros que trabalham por lá.
Tive o azar de passar pelo Sr. Jardineiro no hall de entrada e do meu colega me ter oferecido para acompanhar o dito Sr. Jardineiro à máquina do café. Acompanhei-o corredor fora e quando chegamos ao bar, pede a uma das minhas colegas que lhe tire um café... Eu improvisei e disse logo que eu o ajudava, que ele andava meio perdido. Depois o Sr. Jardineiro, armado em engatatão por sinal, também me pergunta: Então, estás aqui a estagiar? (qual é a moda agora dos desconhecidos me tratarem por tu?) eu claro que me deu vontade de rir, mas disse-lhe que já trabalhava ali há um par de anos.... hehe não vai descobrir mesmo, né?
Despachei o Sr. Jardineiro. Mas eis que surge outro personagem, que, encostado à porta do meu gabinete me diz: Ah! Pensei que não estava aqui ninguém! E eu com cara de ponto de interrogação... Continua a personagem: Ontem apaguei a luz do TEU gabinete 2 vezes! Tem que se poupar! E eu continuo com cara de um sinal de pontuação, mas desta vez de exclamação. Quer dizer, eu não vou apagar a luz sempre que tenho que me deslocar a outros gabinetes ou tratar de algum assunto... Como é que esta personagem ousa duvidar do meu carinho pelo meio ambiente? Eu! Que faço a separação do lixo, uso folhas de rascunho para não gastar folhas brancas, até não caber nenhum ponto final e só não vou a pé para o trabalho porque não é de todo possível. Agora, aquela personagem que contribui para o maldito ambiente de monóxido de carbono e nicotina dentro daquele edifício, e consequentemente para fazer de mim uma fumadora passiva.... Isso já não interessa... Não é?
Oh home, vá ver se eu estou lá fora... e se eu estiver, pode ir confirmar que apaguei a luz do gabinete.



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Exercício, Linhas e Sapatos

O tempo tem voado e eu não tenho acompanhado a velocidade. Mas o que é que se passa com os dias que passam a correr? Tenho andado atarantada com tanta tarefa que já implorava por uma pausazita.
Nos entretantos, já me comecei a vacinar contra eventos. E já me apercebi também que trabalhar no hotel tinha uma (unicazinha) coisa positiva: caminhava tanto que conseguia manter a linha. Agora, 7h atrás de uma secretária obriga-me a pensar nos snacks do meio da manhã, a fazer três série de 12 repetições de agachamentos e andar com um termo de chá atrás para não me esquecer de beber líquidos. Sim, isto acontece-me... e não, ainda não fui apanhada em posições estranhas de agachamento enquanto trabalho... Lucky me!
Neste novo trabalho o que mais exercitamos é a gastronomia e os vinhos. Vamos para visitas, pumba, prova lá um vinho, temos reuniões, pumba, toma lá um almoço hiper calórico, temos que trabalhar até tarde, pumba... toma lá bolachinhas de água e sal que é que o que há na despensa e é para aprenderes a comer mais ao almoço e não te dar a fome ao fim do dia.
Contudo, para não pensarem que me tornei numa bola, tenho também a assinalar tarefas físicas desgastantes a que já fui submetida:
1- Salto alto. Caixas para carregar. 500 metros. Paralelo durante 100 metros. 3 viagens. Sol quente de primavera (que ao que parece anda desaparecido). Vantagem: comprei uns sapatos novos no Vasco da Gama. Desgastei o bife do almoço que não devia ter comido porque era sexta-feira de Quaresma...
2- Copos infinitos. Montar sala (i.e. carregar mesas e cadeiras). 3 minutos a caminhar entre o local dos materiais e a sala - inclui escadaria de pedra gigante (materiais: caixas de vinho, champanheiras, gelo, brochuras e coisas bonitas para os convidados). 2 dias seguidos. Vantagem: perdi umas gramas.
3- Reza a lenda que a partir daqui só piora.

Nota mental: andar sempre com um par de sapatos extra, de preferência rasteiros e que se assemelhem a pantufinhas.

E está na hora de mais uns agachamentos...





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Sã e Salva

Regressei à base! Foram dias atribulados que me pareceram eternos. Ainda bem que estamos quase no fim de semana! E ainda bem que está sol :) E mais outro ainda bem: ainda bem que o sol entra pela minha janela do gabinete a tarde toda.
Fazendo uma perspectiva da minha experiência no evento em que participei, posso resumir os dias em algumas palavras. Ora aqui vai:

Dia 1: almoço pobre, enjoo na viagem, 1º abordagem de um estranho para pedir cigarros (eu nem fumo...), carregar com tralha, conhecer muita gente (nota mental: começar a levar um bloco de notas para anotar nomes e cargos profissionais e máquina para tirar fotoas aos rostos das pessoas), caminhar muito, tirar fotos, sair à pressa, 2ª abordagem de um estranho portador de HIV para comprar pulseiras, viagem no autocarro, pensar no que vestir no dia seguinte, ser conduzida por um taxista maluco, casa.

Dia 2: sair de manhã, almoço bom, conhecer mais gente, chuva e mais chuva, caminhar muito, tirar fotos, saída tardia, conduzir, parar e comer uma tosta mista, conduzir, pensar no que vou vestir, chegar ao meu carro, conduzir, casa.

Dia 3: sair de manhã, muita chuva, nevoeiro, almoço bom, conhecer mais gente, encontrar um ex-fornecedor do hotel (que a propósito eu juro que não fazia ideia quem era, no início...), caminhar muito, tirar fotos, sair, conduzir, parar e comer um croissant misto, conduzir, pensar no que vou vestir no dia seguinte, chegar ao meu carro, conduzir, casa.

Dia 4: é o último dia!!! Sair de manhã, chuva, almoço bom, ver as pessoas que fui conhecendo, encontrar um antigo estagiário do Hotel (sim, este eu lembrava) caminhar, organizar coisas, tirar fotos, sair, conduzir, parar e comer um croissant com doce de morango, conduzir, chegar ao meu carro, conduzir, casa.

Foram dias de puro conhecimento e experiências genuínas. Beberam-se uns copitos, comeram-se umas bolachas, dissemos mal do tempo, da distância e desejámos que esta semana passasse num instante, para finalmente termos direito ao nosso fim de semana. Gostei :) Para a semana há mais!



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Keep calm...?!

Amanhã começa a minha aventura nos eventos: PÂNICO. Estou aterrorizada, angustiada, desconfiada e muito expectante... Estarei ausente do blog por uns dias, mas de certeza que quando voltar trarei histórias na algibeira. Vão ser 4 dias de pura adrenalina... Não posso esconder este apertozinho no peito... não sei se típico das novas experiências ou de saber que vou trabalhar 2 semanas seguidas sem fins de semana.... Já não estou habituada, confesso.... Nem a família... nem ele. Anda aqui tudo contente com o evento e eu feita barata tonta sem saber o que pensar. Parte engraçada: poder participar nas actividades paralelas a decorrer... vou vingar-me nos chocolates, nos frutos do mar e no espumante, para esquecer não sei bem o quê. Estou mesmo em Pânico! Mais do que pânico... angustiada.
E depois há a questão feminina das coisas... o que vestir, o que calçar, como domar uma juba encaracolada indomável? Aceito sugestões: o ambiente é chique, num edifício chique, com pessoas chiques... e há um pequeno pormenor, vou ter que caminhar muito durante os 4 dias. Help?




(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

Dream Mode: On

Ainda influenciada pela música de ontem, pus-me a sonhar um pouco... aquela letra tem qualquer coisa que me desperta desejo nas coisas. Faz-me querer que me peçam para me mimar e para cuidarem de mim. Faz-me querer receber um ramo de flores no local de trabalho, faz-me querer receber, inesperadamente, cupcakes lamechas, cheios de chocolate e morangos. Faz-me querer que me dêem um beijo na minha bochecha e no olhar se veja o quanto me amam. Faz-me querer que partilhem os sentimentos bonitos. Faz-me querer que me surpreendam, me deixem recadinhos, mensagens, frases bonitas. Faz-me querer voar até às nuvens. Faz-me querer ser uma personagem numa bonita história de amor. Faz-me querer não querer acordar.
Não há nada mais bonito no mundo do que sentirmos que somos uma pessoa amada. Não há nada mais triste no mundo que sentir que não somos mais nada.

E sim... a tal música continua em modo repeat.



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Eu e... eu

Existe o eu da ex-recepcionista, o eu da técnica superior; existe o eu profissional e o eu que ninguém vê. Existe o eu que confidencia, o eu recatado, o eu envergonhado e o eu que manda nisto tudo. No fim de contas existo só eu, com muitos "eus" cá dentro. E este discurso tão cheio de rodeios serve apenas para dizer que para além da minha profissão, existo eu, genuinamente. O eu genuíno que vou querer mostrar aqui neste Blog. Porque não há nada como ser uma anónima e escrever. Escrever de tudo, para além do trabalho atrás de uma secretária, para além dos sonhos desfeitos, das conquistas conseguidas. Escrever sobre o que existe na pessoa atrás da secretária.
Bem vindos também, ao meu mundo :)



Agora vamos ao assunto de interesse do dia:

Acordei viciada nesta música... : http://www.youtube.com/watch?v=LWo1u421Orw
Talvez seja só eu, mas tenho arrepios cada vez que a ouço (e importa referir que a estou a ouvir desde as 9h em modo Repeat - TRUE STORY - sim, houve uma pausa forçada na hora de almoço... forçada, sublinho). Esta música está no meu top pessoal-e-extremamente-selectivo de músicas para a vida.



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Lições de Vida

Tenho tido saudades de escrever aqui. Não tenho vindo, porque tenho tido uma rotina meia "amalucada". Não me estou a queixar :D Nem podia.
Ora bem, faz um mês e dez dias que estou num trabalho em que não sou recepcionista. Não me posso acostumar muito, que dentro em breve voltarei para trás de um balcão com funções de Técnica de Enoturismo. Estarei numa espécie de posto de turismo para vinhos. Nunca há um dia igual neste meu novo trabalho. Entretanto, aqui estão algumas coisas que já aprendi, observei e constatei:
- é difícil trabalhar numa área tão direccionada para os homens;
- é ainda mais difícil ser a pessoa mais nova de um local de trabalho (em idade e experiência)
- é difícil também suportar chicos-espertismos
- e claro que também é difícil resistir às tentativas de rebaixamento pelas pessoas "mais velhas"
- não é assim tão difícil sobreviver a isto
- é complicado dialogar com pessoas acima dos 50 anos que sejam "muito ocupadas" (salvo excepções)
- é bom trabalhar com pessoas jovens e dinâmicas (facto)
- é difícil trabalhar fechada num sítio onde sou a única que não fuma
- nem toda a gente acorda bem disposta de manhã
- se alguém é extremamente simpático connosco é porque está a aprontar alguma
- ao contrário do que nos ensinaram na escola, se não percebemos uma coisa, não devemos perguntar de novo. Fazemos da maneira que entendemos. De todas as formas, se a tarefa tem que ser avaliada, virá com as eventuais correcções
- é difícil trabalhar com homens que ocupam os cargos de chefias, especialmente se tiverem mau gosto
- é bom poder trabalhar no meu gabinete e ouvir música
- é bom poder sair para reuniões e lanchar numa pastelaria na viagem de regresso
- é bom poder sair e ir a pé a qualquer lado
- os "beirões" são homens terríveis.

Tenho dito :)



(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sou da Brigada do Vinho

Cá estou eu, completamente adaptada ao meu novo estilo de vida. Cá estou eu, uma pessoa a sentir-se mais realizada a cada dia que passa. Cá estou eu a surpreender-me. Porque desde há muito tempo que é a mim que quero agradar.
Continuo a adaptar-me à minha nova actividade profissional, a aprender todos os dias um bocadinho! Têm sido dias cansativos mas de descoberta. Não há nada que saiba melhor que trabalhar no terreno, que conhecer pessoas que me estimulam intelectualmente e que me dão a sua visão mais madura das coisas. Estou num processo contínuo de crescimento. Apesar de ter mudado de ares, as histórias engraçadas começam a aparecer lentamente.
A história de hoje tem uma pequena ligação com estes senhores e alimentou em muito o meu ego hoje.
Começando do princípio... sou parte integrante de uma equipa que está no terreno a avaliar produtores de vinho e a sua possível integração numa Rota Enoturística. A equipa é fantástica e cheia de experiência e posso acrescentar que sou uma privilegiada. Ora, hoje foi mais um dia dedicado às visitas e tivemos oportunidade de almoçar num sítio considerado de "elite" pelos "senhores" enunciados em cima. Estava eu muito descansadinha a degustar a minha tosta com cogumelos e molho vinagrete de laranja, quando me entra aquela tropa de perús... quase que cuspi a crosta crocante da broa, com o susto. Os "senhores" olharam para mim interrogados, perguntando-se o que raio estaria eu ali a fazer num almoço que aparentava de trabalho e logo num sítio tão "fora das possibilidades de uma Recepcionista (ex)". Tive um gozo enorme de estar ali sentada a ter uma conversa inteligente enquanto continuava a ser observada de longe, entre um poste e uma planta decorativa. A refeição, muito bem regada com o néctar de baco, correu super bem e não sei se foi da variada combinação de sumos vínicos que me encheu de coragem e me levou perto da mesa deles, só mesmo para dizer "boa tarde" e para deixar um deles com vontadinha de me perguntar "então, está aqui?" e aí eu responderia: "obviamente que estou! Ou acha que ia ficar a minha vida toda a servir animais como o senhor?", ou se foi a vontade de lhes mostrar que, ao contrário deles, consigo chegar a algum lado. Mas não deixei que me perguntassem nada. A pergunta ficou no olhar curioso daquela gentinha enquanto eu virei costas e fui à minha vida. Porque afinal eu sempre sei ir à luta. Afinal eu já não sou a recepcionista que tinha que os aturar e mostrei claramente que superei as expectativas que alguma vez poderiam ter de mim. Parece-me familiar...
Cheers!





(Este texto está em Desacordo Ortográfico)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Ano Novo, Vida Nova

É um cliché. Mas nunca pareceu tão certo. Ano Novo, Vida Nova e finalmente encontrei a minha vida nova. Aquela que eu procurava, que eu literalmente sonhava em ter. Um emprego das 9h-18h, poder apanhar trânsito no regresso a casa (sim, sabe-me bem não ser a única a conduzir como acontecia quando saia perto da 01h da manhã :) ), ter uma experiência diferente todos os dias que não incluem novas maneiras de fazer tostas deliciosas ou resolver um problema inimaginável, ter hora para refeições, poder ir descansada fazer xixi sem ter a preocupação que alguém vai "tocar à campainha" da recepção... são cenários que ainda me traumatizam e povoam de vez em quando o meu pensamento. Do que tenho saudades?... hummm... hummm... .... Das conversas. Dos estagiários.
Apenas :)
Estou numa área totalmente diferente em que não tenho que aturar clientes, reclamações nem investidas pouco oportunas... Tenho um gabinete só para mim e que posso personalizar. Tenho papéis de responsabilidade que implicam mudanças de estratégias na área do Turismo. Estou na minha praia :)
Sinto-me realizada e feliz e sei que tudo o que experimentei e vivi me trouxeram a este lugar onde estou hoje. E tenho também a certeza que virão histórias engraçadas para contar. Posso adiantar apenas que agora trabalho para o Departamento de Comunicação e Marketing de uma entidade privada, responsável pela promoção de Agentes Económicos e mais não posso adiantar :)
E para este Ano Novo, só desejo que todos sejam felizes nas suas ocupações. É importante gostarmos do que fazemos.

Tenho recebido muitos e-mails que leio com muito carinho e apreço. Recebo histórias, desabafos ou apenas palavras amigas. Tenho-me revisto em muitos testemunhos e gosto de pensar que este Blog tem sido uma companhia :) Agradeço muito todos os e-mails que recebo, todo o reconhecimento e todo o companheirismo. Obrigada por seguirem o Blog.






















(Este texto está em Desacordo Ortográfico)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...